segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Campanha

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HOMENAGEM AOS DEFENSORES DA AHT

Quero  homenagear grandes guerreiros e guerreiras que já há alguns anos lutam, defendem e ensinam a  Auto-hemoterapia a quem desejar dela tomar conhecimento!  Dr. Luiz Moura, Drª Genaura Tormin,  Valter Medeiros, Alexandre Dimônaco, Ida Zaslavki, Maurecir Mafra Diva de Sá e a outros tantos guerreiros e guerreiras que pertencem aos grupos no facebook, contando seus resultados com AHT, incentivando a todos a saírem da fila do postinho, a todos aplicadores em todo Brasil!

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https://www.facebook.com/groups/156257444410999/ auto-hemoterapia
https://www.facebook.com/groups/422963371070990/   amigos da cura
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https://www.facebook.com/groups/450902195008348/ Terapia z do oxigênio



Fiz uma centrífuga laboratorial, com peças
 que tinha em casa, separei o PRP (Plasma
 Rico em Plaquetas) fiz aplicação no rosto
Publiquei no Face,   nunca imaginei que
fosse causar tanta polêmica, estardalhaço
e tanto carinho da galera!

ESTUDOS EM RATOS BRANCOS

ESTUDOS EM RATOS BRANCOS QUE COMPROVAM A EFICÁCIA DA AHT

LINK OTIGINAL DA PUBLICAÇÃO http://www.unieuro.edu.br/downloads_2009/reeuni_04_004.pdf


ARTIGO ORIGINAL
REEUNI – Revista Eletrônica de Enfermagem do UNIEURO
REEUNI, Brasília, v.2, n.1, p. 39-57, jan/abr, 2009
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Recebido em: 20/11/2008
Revisado em: 18/12/2009
Aceito em: 20/02/2009
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA AUTO-HEMOTERAPIA SOBRE A
CICATRIZAÇÃO E PRESENÇA DE LEUCÓCITOS SÉRICOS EM RATOS WISTAR.
EVALUATION OF THE EFFECTS OF AUTO-HEMOTERAPIA ABOUT THE
HEALING AND THE PRESENCE OF WHITE BLOOD CELL IN RATS WISTAR.
EVALUACIÓN DE LOS EFECTOS DE LA AUTO-HEMOTERAPIA SOBRE LA
CICATRIZACIÓN Y PRESENZA DE LEUCÓCITOS SÉRICOS EN RATONES
WISTAR.
SILVA, Célio Henrique1
SOUZA, Leandro de Jesus¹
PAPA-MARTINS, Marianna2
Resumo - A auto-hemoterapia é um procedimento antigo que se baseia no
empirismo. O tratamento consiste em aplicações do sangue autólogo, sangue do
próprio cliente, por via intramuscular, objetivando estimular o sistema imunológico
através da ativação do Sistema Mononuclear Fagocitário. Este trabalho teve por
objetivo avaliar e observar os efeitos de aplicações de auto-hemoterapia no
organismo de ratos. Formou-se dois grupos compostos por ratos Wistar albinos,
machos, onde todos sofreram uma incisão dorsal de aproximadamente 1cm², para
avaliação cicatricial, e o Grupo Desafiado recebeu aplicações de auto-hemoterapia
de sete em sete dias. A avaliação dos resultados ocorreu através de observação,
registros fotográficos e leucometria global e específica. Os exames de leucometria
foram realizados nos dias de aplicação de auto-hemoterapia, sempre antes do
procedimento e repetidos dois dias após, para verificação das mudanças no sistema
imunológico. Os resultados laboratoriais foram analisados pela média do Grupo
controle e do Grupo Desafiado, logo após, comparação de resultados sendo as
diferenças observacionais comparadas e registradas. Encontrou-se diferenças
significativas nos resultados de leucometria global do Grupo Desafiado, que foram
realizadas dois dias depois das aplicações de auto-hemoterapia, cujos resultados se
mostraram aumentados em quase duas vezes em relação ao Grupo Controle. Na
observação cicatricial notou-se que o tempo de cicatrização para os dois grupos foi
relativamente igual (aproximadamente 20 dias), porém a cicatrização apresentada
pelo Grupo Desafiado foi notoriamente mais plana, de bordas regulares e uma
1 Bacharéis em Enfermagem pelo Centro Universitário UNIEURO, Brasília – DF. E-mail:
henrique_celio@yahoo.com.br e leandrosouzabsb@gmail.com
2 Mestre em Patologia Molecular pela Universidade de Brasília e Docente do Centro Universitário
UNIEURO. E-mail: marianna@unieuro.edu.br
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cicatriz final quase imperceptível. Com essa pesquisa observou-se uma notória
diferença no organismo dos ratos do Grupo Desafiado proveniente das aplicações
de auto-hemoterapia, constatando dessa forma, a ativação do sistema imune através
da aplicação de sangue autólogo intramuscular, que é o efeito proposto dessa
técnica.
Palavras-chave: auto-hemoterapia, cicatrização, leucócitos, sistema imune, rato.
Abstract - The self-hemotherapy is a very old procedure based on empiricism. The
treatment consists in applications of autologous blood, blood from the client, by
intramuscular, to stimulate the immune system, powering its action through the
activation of the Mononuclear Phagocyte System. This study had the objective
evaluate and observe the effects of applications of self-hemotherapy in the organism
of rats. The two groups were formed by albino rats Wistar, male, which all have a
dorsal incision of about 1cm square, to evaluate healing, and the Challenged Group
received applications of self-hemotherapy of seven in seven days. The evaluation of
the results occurred by observation, photographic records and specific and overall
leucometria. The examinations of leucometria had realizes in the days of applications
de self-hemotherapy, always before this procedure, and repeated two days, after for
verification of changes in the immune system. The laboratory results were analyzed
by the average of the Control Group and the Challenged Group soon after,
comparison of results and the differences compared observational and registries.
Fended differences and results of overall leucometria of Challenged Group, that had
realized two days after of applications of self-hemotherapy, whose results
demonstrade were increased in almost two times in relation to the Control Group. In
observation scarring noted that the time for healing for the two groups was relatively
equal (approximately 20 days), but the healing tabled by the Challenged Group was
most notoriously flat, and regular edges of a end scar almost imperceptible. With
thise research look a big diference in organism of rats of Challenged Group from the
applications of self-hemotherapy, noting that way, the activation of the immune
system through the application of autologous blood intramuscular, that is the effect
proposed of this technique.
Key-words: self-hemotherapy, healing, white blood cell, immune system, rats.
Resumen - La auto-hemoterapia es un procedimiento antiguo y fundamentase en el
empirismo. El tratamiento consiste en administraciones de la sangre autologo,
sangre del propio paciente, administrado por inyección intramuscular, cuyo objetivo
resulta en estimular el sistema imunológico por medio de la activación del sistema
Mononuclear Fagocitário. La investigación tubo como objetivo evaluar y observar los
efectos de administraciones de la auto-hemoterapia en ratones. Los dos grupos
foran constituidos de ratones Wistar albinas, machos, siendo que todos foran
submetidos a una incisión dorsal de aproximadamiente 1 cm², para evaluación la
cicatriz, y el Grupo Desafió recibió administraciones de auto-hemoterapia a cada
siete días. La evaluación de los resultados ocurrió através de observaciones,
registros fotográficos y leucometria geral y específica. Los exámenes de leucometria
foran realizados en los mismos días de aplicaciones de auto-hemoterapia, siempre
antecediendo el procedimiento descrito y con repeticiones dos días después, para la
verificación de los cambios en el sistema inmunológico. Los resultados de laboratorio
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fueron analizados por la media del Grupo Controle y el Grupo Desafio luego
después, comparación de los resultados siendo que las diferenzas fueran
comparadas y registradas. Se encontro diferenzas significativas en los resultados de
leucometria general en el Grupo Desafio, que fueran realizados dos días después de
las aplicaciones de auto-hemoterapia, cuyos resultados mostraranse incrementados
en case dos veces cuando comparados con el Grupo Controle. En la observación
cicatricial verificase que el tiempo de cicatrización para los dos grupos fue
relativamente igual (aproximadamente veinte días), sin embargo la cicatrización
presentada por el Grupo Desafió fue sin duda más plana, bordes regulares y de una
cicatriz final casi imperceptible. Se observo una diferenza notable en ratones del
Grupo Desafio procediente de las administraciones de auto-hemoterapia, resultando,
en la activación del sistema inmunológico por medio de aplicación de la sangre
autólogo intramuscular, que es el efecto propuesta por la técnica.
Palabras clave: auto-hemoterapia, cicatrización, leucocitos, sistema inmune, ratones.
1. INTRODUÇÃO
A auto-hemoterapia é um procedimento antigo que se baseia no
empirismo, onde o tratamento consiste em aplicações do sangue autólogo, por via
intramuscular, objetivando estimular o sistema imunológico, potencializando a sua
ação através da ativação do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF)
(METTENLEITER, 2007).
A retirada de sangue venoso e a sua re-injeção intramuscular é um
procedimento que tem o seu primeiro registro em 1911, Francois Ravaut, nomeado
como auto-hemoterapia, sendo utilizado em diversas enfermidades como febre
tifóide e algumas dermatoses (SILVA, 2007).
Em 1941, Leopoldo Cea, no Diccionario de términos y expresiones
hematológicas, conceitua a auto-hemoterapia como sendo um método de tratamento
que consiste em injetar em um individuo uma determinada quantidade de seu
próprio sangue (ABMC, 2007).
No Brasil o assunto surge desde 1940, quando o professor Jesse Teixeira
em seu trabalho publicado e premiado na Revista “Brasil-Cirúrgico”, provou que o
Sistema Retículo-Endotelial, atualmente conhecido como Sistema Mononuclear
fagocitário, era ativado pela auto-hemoterapia. Utilizou-se de um método que
provocava a formação de uma bolha na coxa de pacientes com uma substância
irritante chamada cantárida. Antes do início do tratamento com a auto-hemoterapia a
contagem dos macrófagos era de 5%, oito horas após a aplicação o número de
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macrófagos subiu para 22%, mantendo-se durante cinco dias, voltando aos 5%
iniciais ao sétimo dia após a aplicação (ABMC, 2007).
De 1943 a 1947, o então médico Luiz Moura, ainda acadêmico na
Faculdade Nacional de Medicina, iniciou a auto-hemoterapia por ordem do seu pai e
Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde São José
no Rio de Janeiro, obtendo crescente redução no número de infecções pósoperatórias
em seus pacientes (ABMC, 2007).
Segundo Moura (2008), o Sistema Mononuclear Fagocitário é ativado
pela auto-hemoterapia aumentando a produção de macrófagos. O organismo
reconhece o sangue injetado intramuscular como sendo um corpo estranho, o que
justifica a ativação do sistema inume.
O sistema imune é crucial à sobrevivência humana. Na ausência de um
sistema imune funcionante, mesmo infecções leves podem sobrepujar o hospedeiro
e se mostrarem fatais. O corpo tem dois tipos de resposta à invasão por um
patógeno: a resposta imune inata, e a resposta imune adaptativa. Ambas são
principalmente mediadas por glóbulos brancos ou leucócitos e as células teciduais
relacionadas a eles, tendo todos como origem a medula óssea (PARHAM, 2001).
Os microrganismos com potencial para causarem patologias no homem e
em animais invadem o organismo em diferentes locais e produzem vários tipos de
doença por diversos mecanismos. Os agentes infecciosos que causam patologias
são chamados de microrganismos patogênicos ou patógenos. Essas invasões são
primeiramente combatidas, em todos os vertebrados, por mecanismos de defesa
inata que age em minutos após o contato com o patógeno, e quando esta defesa
inicial esgota todas as possibilidades de contenção do microrganismo invasor e a
infecção avança é ativada outra resposta com maior especificidade, chamada de
resposta imune adaptativa (JANEWAY et al., 2007).
Parham (2001) argumenta apropriadamente que a imunidade inata entra
em ação primeiro, utiliza mecanismos de reconhecimento molecular geral para
detectar a presença de bactérias e de vírus e não leva a imunidade prolongada
àquele patógeno em particular. Esta é uma defesa pré-existente no organismo que
trabalha mecanismos de defesa celulares e bioquímicos e que está programada para
responder rapidamente a infecções. Esses mecanismos possuem ação somente
contra microrganismos, não tendo respostas contra substâncias não-infecciosas e
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respondem essencialmente da mesma maneira a sucessivas infecções (PARHAM,
2001).
Os principais componentes da resposta inata são (1) barreiras físicas e
químicas; (2) células fagocíticas; (3) proteínas do sangue, incluindo frações do
sistema complemento e outros mediadores da inflamação e (4) proteínas
denominadas citocinas, que regulam e coordenam várias atividades das células da
imunidade natural (ABBAS e LICHTMAN, 2005).
A resposta imune adaptativa ou adquirida, em contraste com a imunidade
inata, é estimulada pelas exposições a agentes infecciosos cuja magnitude e
capacidade defensiva aumenta com exposições posteriores a microrganismo em
particular. As características que definem a imunidade adquirida incluem uma
especificidade extraordinária para distinguir as diferentes moléculas e uma
habilidade de se “lembrar” e responder com mais intensidade a exposições
subseqüentes ao mesmo microrganismo (ABBAS e LICHTMAN, 2005).
Quando o organismo é acometido por algum patógeno a sua primeira
linha de defesa é a resposta imune fagocítica composta pelos leucócitos
(granulócitos e macrófagos), tendo essas células a capacidade de chegarem ao
ferimento e combaterem os agentes infecciosos através da fagocitose, que é a
ingestão dos patógenos (SMELTZER e BARE, 2005).
Smeltzer e Bare (2005) descrevem: o Sistema Mononuclear Fagocitário
compreende macrófagos com uma intensa capacidade de fagocitar. Quase todos os
tecidos, órgãos e cavidades serosas abrigam uma população de fagócitos
residentes, independente da localização ou de seu aspecto, todos esses fagócitos
associados aos tecidos pertencem a uma única linhagem, conhecida como Sistema
mononuclear fagocítico, e são originadas de um leucócito circulante, denominado
monócito (SMELTZER e BARE, 2005).
Todas as células que circulam no sangue são derivadas de um progenitor
comum na medula óssea, denominado Célula-tronco hematopoiética, esta por sua
vez origina células de linhagem linfóide, mielóide e megacariócitos. A célula
progenitora mielóide se divide originando vários tipos de células, dentre elas os
monócitos, que futuramente darão origem aos macrófagos residentes nos tecidos
também conhecidos como histiócitos (PARHAM, 2001).
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Segundo Stites et al. (2004), sempre que os macrófagos se deparam com
certos mediadores da inflamação ou outros sinais de lesão tecidual, a célula passa
por um processo citado como ativação do macrófago, que se particulariza por um
rápido aumento de seu metabolismo, motilidade e atividade fagocítica. Os
macrófagos ativados são fagócitos ávidos que ingerem quaisquer partículas
estranhas ou restos celulares com os quais se deparem.
No organismo existem inúmeros estímulos que podem ativar os
macrófagos, podemos citar o contato direto com certos microrganismos ou partículas
inertes, com produtos de degradação do tecido do hospedeiro ou com componentes
protéicos do sistema complemento ou do sistema da coagulação sangüínea. Existem
ainda outros potenciais ativadores dos macrófagos como o DNA bacteriano e
algumas citocinas que podem ser secretoras por linfócitos vizinhos (STITES et al.,
2004).
Conforme Abbas e Lichtman (2005), os macrófagos ativados estimulam a
inflamação aguda por meio da secreção de citocinas, quimiocinas e mediadores
lipídicos de vida curta, removem ainda tecidos mortos, secretam fatores de
crescimento que estimulam a proliferação de fibroblastos, síntese de colágeno e
formação de novos vasos sangüíneos ou angiogênese induzindo à formação de
tecidos de reparo. Determinadas substâncias, como a lisozima, os componentes do
complemento e o peróxido de hidrogênio, exibem atividade antimicrobiana, outros,
como a elastase e a colagenase, atuam ao liquefazer e remodelar a matriz
extracelular. É importante ressaltar que o Óxido nítrico (NO) secretado por
macrófagos ativados, além de ser um antimicrobiano de amplo espectro, atua
também como mensageiro para regular as funções de outras células circundantes
causando, por exemplo, a liberação de histamina e outros mediadores vasoativos
dos mastócitos e das plaquetas, desencadeando assim a resposta vascular local da
inflamação (STITES et al., 2004).
A inflamação é tradicionalmente assim definida: dor, vermelhidão, calor,
edema e perda da função. Esses sintomas são desencadeados pela ação das
citocinas e dos outros mediadores da inflamação nos vasos sangüíneos locais
(JANEWAY et al., 2007)
Com a estimulação do sistema imunológico atinge-se o objetivo da terapia
com a auto-hemoterapia, aumentando a produção de fagócitos e conseqüentemente
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a defesa imunológica do organismo, obtendo melhores resultados em várias
infecções e doenças de difícil cura (MOURA, 2008).
Pela falta de pesquisas, a auto-hemoterapia enfrenta grande controvérsia
na área da saúde. Em nota publicada pelo Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN) em março de 2007, o procedimento torna-se proibido, por tratar-se de um
tratamento para o qual não há consenso técnico e científico e nem aprovação dos
conselhos profissionais da área da saúde (COFEN, 2007).
Pretende-se nesse trabalho, desenvolver um trabalho científico que ajude
a desmistificar o uso da auto-hemoterapia, esclarecendo os efeitos e mecanismos
decorrentes desse procedimento no organismo de rotos Wistar, avaliando o
processo cicatricial e as mudanças ocorridas no sistema imunológico no período de
pesquisa.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1-ANIMAIS E GRUPOS
Foram utilizados 06 (seis) ratos Wistar (Rattus norvergicus albinus,
Wistar), machos, pesando entre 230,13 e 241,93g, provenientes do Biotério Central
da Universidade de Brasília (UNB) com aproximadamente 70 dias e ambientados no
laboratório de Fisiologia do Centro Universitário UNIEURO Campus II. As cobaias
tiveram durante toda a pesquisa água “Ad libitum” e alimentação balanceada padrão
para roedores – Labina® (Purina), mantidos em mesma gaiola à temperatura
ambiente. Esta pesquisa seguiu os preceitos éticos estabelecidos pelo COBEA
(Colégio Brasileiro de Experimentação Animal) (COBEA, 2007).
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos
experimentais:
Grupo Controle: Os animais foram submetidos à tricotomia, lesão cutânea
e coleta de sangue para leucometria global e específica.
Grupo Desafiado: Foram realizados com as cobaias os mesmos
procedimentos descritos no Grupo Controle acrescidos da auto-hemoterapia.
O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Experimentação Animal –
CEPA-UNIEURO e aprovado sob o parecer nº 04/2008.
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2.2-AUTO-HEMOTERAPIA
O sangue foi coletado através de punção da artéria da calda utilizando
seringa de insulina. O volume total de sangue é cerca de 6% do peso vivo do animal,
de modo geral, aproximadamente 25% do volume total de sangue pode ser retirado,
o que equivale a 3,5 mL de sangue tendo como base a média de peso inicial das
cobaias (CUBAS et al., 2006).
Para a realização da auto-hemoterapia, a aplicação de sangue autólogo
intramuscular é um desafio, pois esses roedores possuem uma massa muscular
muito pequena, sendo que as injeções intramusculares precisam ter pequeno
volume, pois há risco de provocar lesão muscular (CUBAS et al., 2006). Observada
tal restrição o procedimento foi realizado utilizando 100μl de sangue, que é uma
quantidade observada de sangue capaz de ativar o sistema imunológico sem causar
lesão muscular na cobaia.
2.3-PROCEDIMENTO
A pesquisa baseou-se na realização da auto-hemoterapia uma vez por
semana, durante 04 (quatro) semanas, sendo que se seguiu o seguinte protocolo:
uma vez por semana coletava-se sangue dos dois grupos para a realização de
leucometria e aplicava-se nos ratos do Grupo Desafiado a auto-hemoterapia,
totalizando 04 (quatro) procedimentos por rato. Dois dias após, coletava-se
novamente sangue dos dois grupos para a realização da leucometria e posterior
verificação das mudanças imunológicas ocorridas nesse período.
As técnicas foram realizadas seguindo-se três etapas, onde a primeira
constitui-se de sedação, pesagem, coleta de sangue, tricotomia no dorso dos
animais, lesão cutânea, auto-hemoterapia, apenas para o Grupo Desafiado, e
registros fotográficos. A segunda técnica foi realizada dois dias após a primeira,
onde se coletou sangue para análise de dados, observação cicatricial e registros
fotográficos. Por fim, a terceira técnica realizada sete dias após a primeira, destinouse
a coletar sangue para análise de dados, aplicação de auto-hemoterapia no Grupo
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Desafiado, observação cicatricial e registros fotográficos. Os outros 05 (cinco)
procedimentos seguiram intercalados com a segunda e terceira técnica.
Na sedação foram utilizados chumaços de algodão embebidos em éter
etílico dentro de um dessecador, onde as cobaias foram expostas por
aproximadamente cinco minutos.
A lesão cutânea foi realizada com a intenção de avaliar a evolução do
processo cicatricial. O corte foi feito no dorso dos animais, após tricotomia local, com
uma lâmina de bisturi provocando um corte de 1cm² retirando epiderme, derme e
tecido subcutâneo.
O procedimento de auto-hemoterapia foi realizado somente no Grupo
Desafiado e os seus resultados no organismo dos animais foram acompanhados
através de exames laboratoriais (leucometria) tendo como principais parâmetros os
exames do Grupo Controle.
2.4-PARÂMETROS LEUCOMÉTRICOS:
Com a amostra sanguínea procedeu-se a leucometria global e específica,
tendo com base o Grupo Controle e os valores relacionados na Tabela 1.
TABELA 1 – Valores Hematológicos de Referência
Parâmetros Rato
Eosinófilo (%) 0-6
Linfócitos (%) 50-85
Monócitos (%) 0-5
Segmentados (%) 9-50
Fonte: CUBAS et al., 2006.
A Leucometria Global, que mede a quantidade de leucócitos por
milímetros cúbicos e não há separação dos tipos leucocitários (LIMA et al., 1997), foi
diluída em eppendorf na proporção de 10μl de sangue para 190μl de solução de
Turk. Após alguns minutos de agitação, a solução foi gotejada em câmara de
Neubauer para contagem do número total de leucócitos em microscópio.
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A Leucometria Específica, que realiza a diferenciação dos tipos de
leucócitos (LIMA et al., 1997), foi feita depositando uma amostra de sangue em
lâmina, sendo imediatamente feito o distendido da mesma, e submetida à coloração
com o kite de Coloração Rápido (Panótico). Após a secagem de 24 horas, as
lâminas foram analisadas em microscópio óptico para a diferenciação das células
brancas do sangue.
Segundo Moura (2008), após oito horas da aplicação de autohemoterapia
as células do sistema imune passam de 5% para 22%, mantendo esse
percentual por cinco dias e voltando aos 5% iniciais ao sétimo dia (MOURA, 2008).
Para efeitos didáticos consideraremos esse período de máxima ativação do sistema
imune, como período ou dia de pico.
3. RESULTADOS
3.1-LEUCOMETRIA GLOBAL
As amostras sangüíneas foram analisadas em câmara de Neubauer e
coradas com solução de Turk, estas apresentaram valores diversificados, sendo que
na primeira aplicação (29/04/08) de auto-hemoterapia encontravam-se estabilizadas
com valorações aproximadas, sendo que a média do Grupo Controle foi 14.033,33 e
a do Grupo Desafiado foi 14.566.67. Após dois dias, observou-se uma diferença
consideravelmente maior do Grupo Desafiado em relação ao Grupo Controle, sendo
que as médias encontradas foram de 24.066,67 e 12.733,33, respectivamente, conforme
Tabela 2.
Tabela 2 - Análise da leucometria global de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
na primeira semana do experimento.
Data Grupos Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
29/04/2008
Auto-hemoterapia
Grupo Controle 13.500* 14.800* 14.033,33* 680,690
Grupo
Desafiado 14.500* 14.600* 14.566,67*
57,740
01/05/2008
Pico
Grupo Controle 11.200* 14.300* 12.733,33* 1.081,670
Grupo
Desafiado 22.600* 26.500* 24.066,67* 2.122,110
* leucócitos/mm³
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Na segunda aplicação (06/05/08) de auto-hemoterapia as médias
sangüíneas voltaram ao normal apresentando valorações aproximadas nos dois
grupos, sendo que a média obtida no Grupo Controle foi de 13.900,00 e no Grupo
Desafiado foi de 16.533,33. No dia 08/05/2008, foi observada novamente diferenças
entre os grupos, tendo o Grupo Desafiado uma média de 22.266,66 e o Grupo
Controle uma média de 14.033,33, conforme Tabela 3.
Tabela 3 - Análise da leucometria global de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
na segunda semana do experimento.
Data Grupos Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
06/05/2008
Auto-hemoterapia
Grupo Controle 12.000* 16.300* 13.900,00* 2.182,510
Grupo Desafiado 14.600* 18.000* 16.533,33* 1.665,330
08/05/2008
Pico
Grupo Controle 12.600* 16.600* 14.033,33* 2.227,850
Grupo Desafiado 20.800* 23.600* 22.266,66* 1.410,670
* leucócitos/mm³
Nos experimentos realizados na terceira semana, os resultados obtidos
foram semelhantes aos resultados das semanas anteriores. No dia 13/05/2008
constatou-se médias de 15.133,33 e de 15.500,00 respectivamente para o Grupo
Controle e Grupo Desafiado. Dois dias após (15/05/2008) uma disparidade maior do
Grupo Desafiado em relação ao Grupo Controle foi notada, tendo o Grupo Desafiado
uma média de 25.233,33 e o Grupo Controle uma média de 14.166,67, conforme podese
visualizar na Tabela 4.
Tabela 4 - Análise da leucometria global de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
na terceira semana do experimento.
Data Grupos Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
13/05/2008
Auto-hemoterapia
Grupo Controle 11.100* 17.700* 15.133,33* 3.536,010
Grupo
Desafiado 13.300* 17.500* 15.500,00* 2.107,130
15/05/2008
Dia de Pico
Grupo Controle 12600* 17100* 14.166,67* 2.542,310
Grupo
Desafiado 25100* 25.400* 25.233,33* 152,750
* leucócitos/mm³
Na última semana os valores do primeiro dia (20/05/2008) permaneceram
com médias normais nos dois grupos, o Grupo Controle com uma média de 14.933,33
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e o Grupo Desafiado com média de 17.000,00. Essas médias voltaram a se diferenciar
dois dias depois (22/05/2008), prevalecendo média de 26.200,00 no Grupo Desafiado
e de 15.766,67 no Grupo Controle, assim como mostra a Tabela 5.
Tabela 5 - Análise da leucometria global de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
na quarta semana do experimento.
Data Grupos Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
20/05/2008
Auto-hemoterapia
Grupo Controle 11.100* 18.100* 14.933,33* 3.547,300
Grupo
Desafiado 13.700* 19.200* 17.000,00* 2.910,330
22/05/2008
Pico
Grupo Controle 15.400* 16.200* 15.766,67* 404.15
Grupo
Desafiado 24.800* 27.500* 26.200,00* 1.352,770
* leucócitos/mm³
3.2-LEUCOMETRIA ESPECÍFICA
Ao analisar os distendidos sangüíneos em lâmina corados com Panótico
em microscópio óptico, não foram observadas mudanças significativas na variação
celular, quando comparados o Grupo Controle e o Grupo Desafiado nos dias de
aplicação da auto-hemoterapia e nos dias de pico, conforme Tabelas 6 e 7.
Tabela 6 - Análise de leucometria específica de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
nos dias de realização do procedimento
Data Grupos Células Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
29/04/2008 Grupo
Controle
Monócitos 0* 2* 1,333* 1,154
Linfócitos 72* 86* 81,333* 8,082
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 12* 24* 16,666* 6,429
Grupo
Desafiado
Monócitos 2* 5* 3,666* 1,527
Linfócitos 71* 80* 75* 4,582
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 15* 27* 21,333* 6,027
06/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 6* 15* 9,666* 4,725
Linfócitos 72* 80* 77* 4,358
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 4* 20* 10* 8,717
Grupo Monócitos 17* 31* 25,666* 7,571
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Desafiado Linfócitos 61* 68* 64,666* 3,511
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 6* 15* 9,666* 4,725
13/05/2008
Grupo
Controle
Monócitos 8* 32* 19* 12,124
Linfócitos 44* 83* 59,333* 20,792
Eosinófilos 0* 4* 2* 2
Segmentados 9* 28* 19,666* 9,712
Grupo
Desafiado
Monócitos 4* 19* 11,333* 7,505
Linfócitos 71* 80* 75,666* 4,509
Eosinófilos 1* 5* 3* 2
Segmentados 0* 17* 10* 8,888
20/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 1* 4* 2,333* 1,527
Linfócitos 12* 89* 83,333* 9,814
Eosinófilos 0* 1* 0,333* 0,577
Segmentados 9* 18* 12,333* 4,932
Grupo
Desafiado
Monócitos 0* 5* 3* 2,645
Linfócitos 70* 90* 79,333* 10,066
Eosinófilos 0* 2* 1* 1
Segmentados 9* 24* 16,666* 7,505
* leucócitos/mm³
Tabela 7 - Análise de leucometria específica de ratos submetidos ou não a autohemoterapia
nos dias de pico
Data Grupos Células Mínimo Máximo Média Desvio
Padrão
01/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 2* 6* 3,666* 2,081
Linfócitos 78* 91* 85,333* 6,658
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 6* 20* 12,33* 7,094
Grupo
Desafiado
Monócitos 3* 6* 4,666* 1,527
Linfócitos 71* 81* 76,333* 5,033
Eosinófilos 0* 2* 1* 1
Segmentados 12* 24* 18* 6
08/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 6* 8* 7* 1
Linfócitos 61* 81* 72,333* 10,263
Eosinófilos 0* 2* 1* 1
Segmentados 10* 32* 19,666* 11,239
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Grupo
Desafiado
Monócitos 8* 29* 18* 10,535
Linfócitos 58* 87* 70,333* 14,977
Eosinófilos 0* 4* 2,333* 2,081
Segmentados 2* 21* 9,333* 10,21
15/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 4* 11* 8* 3,605
Linfócitos 68* 86* 75,666* 9,291
Eosinófilos 1* 4* 2,333* 1,527
Segmentados 9* 19* 14* 5
Grupo
Desafiado
Monócitos 14* 26* 19,666* 6,027
Linfócitos 61* 83* 69,333* 11,93
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 3* 20* 11* 8,544
22/05/2008 Grupo
Controle
Monócitos 1* 16* 8,333* 7,505
Linfócitos 62* 88* 75* 13
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 11* 22* 16,666* 5,507
Grupo
Desafiado
Monócitos 1* 19* 7,666* 9,865
Linfócitos 75* 92* 83* 8,544
Eosinófilos 0* 0* 0* 0
Segmentados 6* 15* 9,333* 4,932
* leucócitos/mm³
3.3- AVALIAÇÃO CICATRICIAL
Os resultados obtidos na avaliação cicatricial foram discretos, porém de
grande valor para essa pesquisa. Notou-se que o tempo de cicatrização para os dois
grupos foi relativamente igual (aproximadamente 20 dias) e que não apresentou
intercorrências. Porém a cicatrização apresentada pelo Grupo Desafiado foi
notoriamente mais plana, de bordas regulares e uma cicatriz final quase
imperceptível, enquanto o processo cicatricial obtido pelo Grupo Controle apresentou
formas irregulares, uma cicatriz final aparente de aproximadamente 0,5 cm e pouco
abaulada, como mostra a Figura 1.
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B
Resultado
Cicatricial
Resultado
Cicatricial
Figura 1 – Avaliações fotográficas da evolução cicatricial de dois ratos, primeiro e último dia de
experimento, sendo o de número 02 (dois) pertencente ao Grupo Controle e o de número 04 (quatro)
ao Grupo Desafiado. Em A e C foi realizado, após tricotomia dorsal, uma incisão de 1cm² removendo
epiderme, derme e tecido subcutâneo. Em B observa-se um resultado cicatricial delineado e pouco
abaulado, notam-se alguns pontos avermelhados, que são o resultado do sangramento devido à
tricotomia local. Em D o resultado cicatricial é quase imperceptível.
4. DISCUSSÃO
As amostras sangüíneas coletadas e analisadas na leucometria global
apresentaram resultados significativos e esperados. Durante as quatro semanas de
experimento registraram-se alterações do sistema imunológico decorrentes das
aplicações de auto-hemoterapia. Moura (2008), relata apropriadamente que após a
aplicação de auto-hemoterapia o sistema imunológico é ativado aumentando o
quantitativo de células de 5% para 22% após oito horas da aplicação, mantendo
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esse potencial durante cinco dias e voltando aos 5% iniciais ao sétimo dia (MOURA,
2008). Essa pesquisa teve como base dois dias da semana, pré-estipulados e
subseqüentes durante quatro semanas, no primeiro dia em que se fez a coleta de
sangue para a realização dos exames e logo após aplicava-se auto-hemoterapia nos
ratos do Grupo Desafiado, os resultados da leucometria global apresentaram-se
normais com valorações aproximadas nos dois grupos indicando que não havia
alterações no sistema imunológico dos ratos. Quando se repetiu os exames dois
dias após nos resultados da leucometria global, encontrou-se uma significativa
diferença entre os dois grupos, o Grupo Controle continuou não apresentando
alterações imunológicas, enquanto o Grupo Desafiado mostrou uma reação
imunológica esperada no quantitativo leucocitário, aumentada em quase duas vezes
em relação ao primeiro dia e ao Grupo de Controle. Essa reação justifica-se pela
estimulação do sistema imunológico, através da auto-hemoterapia, o qual configura
o propósito desta técnica.
Não foi encontrada grande quantidade de monócitos no sangue, segundo
Lima et al., (2007), durante o processo inflamatório, monócitos recrutados da
circulação sangüínea para o parênquima tecidual são ativados para se tornarem
células com função fagocítica e passam a ser chamados de macrófagos, essas
células podem reconhecer, fagocitar e degradar bactérias opsonizadas tornando-se
as principais células efetoras da resposta imune (LIMA et al., 2007). Desta forma
verificou-se, através da leucometria específica, que não houve aumento do número
de monócitos circulantes no sangue, esse achado pode sugerir que tais células
tenham sido recrutadas para os tecidos, atuando agora como macrófagos no local
da possível infecção.
Os resultados cicatriciais observados nos grupos mostraram que não há
diferença no tempo cicatricial, pois não houve resultados significativos no período
evolucional de cicatrização da ferida. Porém notou-se que a cicatrização apresentou
diferenças ao final do processo cicatricial, o Grupo Controle apresentou cicatrizes de
formas irregulares, uma cicatriz final aparente de aproximadamente 0,5 cm e pouco
abaulada, enquanto o Grupo Desafiado teve cicatrizes mais planas, de bordas
regulares e uma cicatriz final quase imperceptível, tal fato se deve a vários fatores
dentre eles a inflamação, que inclui a participação de diferentes tipos celulares, tais
como neutrófilos, macrófagos, linfócitos, plaquetas, entre outras (MANDELBAUM,
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2003). Do mesmo modo Leibovich e Ross (1975), apud Lima et al., (2007),
sugeriram que macrófagos poderiam participar do processo de cicatrização na lesão
feita com um bisturi na pele dorsal de porquinhos da Índia. Após feita a lesão
experimental, os autores causaram monocitopenia (diminuição dos níveis de
monócitos no sangue), tendo uma série de grupos controles apropriados, assim,
conseguiram demonstrar que os animais monocitopênicos, tiveram os níveis de
fibrina elevados e que a eliminação de fibrina, neutrófilos e detritos do processo
lesivo foi retardada. O aparecimento e a proliferação de fibroblastos durante o
desenrolar da lesão foram mais lentos nos animais com depleção de macrófagos.
Baseados nesses resultados, os mesmos autores sugeriram um papel fundamental
para macrófagos durante a fase cicatricial de lesões feitas por bisturi em porquinhos
da Índia (LEIBOVICH e ROSS, 1975, apud LIMA et al., 2007). Esses achados
literários sugerem que apesar da leucometria específica não ter apresentado
alteração celular, pode-se inferir que houve o processo de quimiotaxia de
macrófagos para os tecidos, auxiliando dessa forma no processo cicatricial. Como a
auto-hemoterapia estimula o sistema imunológico e aumenta as células de defesa e
de inflamação no sítio cicatricial (MOURA, 2007), é plausível que este evento
justifique a diferença entre os processos cicatriciais apresentados pelos grupos.
Durante o período da pesquisa, não foram observadas quaisquer reações
adversas nas cobaias, ressaltando que deve-se ter precauções para a realização de
tal procedimento. No entanto, observou-se que a população entende o termo “Auto”
como sendo um procedimento que qualquer pessoa pode fazer, quando na verdade
é uma técnica que deverá ser de utilização restrita a hospitais ou ambientes capazes
de dar suporte caso haja alguma intercorrência e devendo ser aplicada
exclusivamente por enfermeiros ou médicos. Ressaltada tal observação, propõemse,
com esse trabalho, a mudança da terminologia de auto-hemoterapia para
Hemoinfusão.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A auto-hemoterapia apesar de ser uma terapia antiga, ainda hoje é
desconhecida. Apesar de existirem muitos relatos e evidências sobre o seu uso,
atualmente, não há pesquisas realizadas que comprovem a ação da referida técnica,
e é com base nesses argumentos que justificou-se o desenvolvimento dessa
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pesquisa. Ressaltando ainda que procurou-se conhecer as propriedades e o
mecanismo de ação da re-injeção intramuscular de sangue autólogo no organismo
de ratos.
A aplicação de auto-hemoterapia em ratos Wistar produziu uma reação
imunológica no organismo dos ratos do Grupo Desafiado, mostrando que com o uso
desta técnica há um aumento na quantidade de células de defesa do sistema imune
e que a cicatrização observada nos ratos do Grupo Desafiado foi mais plana e uma
cicatriz menos aparente do que nos ratos do Grupo Controle.
Com os resultados obtidos podemos avaliar que a auto-hemoterapia pode
ter seus efeitos benéficos frente à participação leucocitária e à cicatrização.
6. REFERÊNCIAS
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de Janeiro: Elsevier, 2005.
Associação Brasileira de Medicina Complementar (ABMC). Auto-Hemoterapia.
Disponível em .
Acesso em 12/08/2007.
Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (COBEA). Princípios Éticos na
Experimentação Animal. Disponível em . Acesso em
14/09/2007.
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Noticias COFEN. Disponível em
.
Acesso em 15/04/2007.
CUBAS, Zalmir S. et al. Tratado de Animais Selvagens – Medicina Veterinária.
São Paulo: Roca,2006.
JANEWAY, Charles et al. Imunobiologia: O sistema imune na saúde e na
doença. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
LEIBOVICH, S.J.; ROSS, R. apud LIMA, Rafael R. et al. Inflamação em Doenças
Neurodegenerativas. V. 21. Pará: Revista Paraense de Medicina, 2007.
LIMA, A. O. et al. Métodos de laboratório aplicados à clinica. 5 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
LIMA, Rafael R. et al. Inflamação em Doenças Neurodegenerativas. V. 21. Pará:
Revista Paraense de Medicina, 2007
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57
MANDELBAUM, Samuel H. et al. Cicatrização: conceitos atuais e recursos
auxiliares – Parte I. Anais Brasileiros de Dermatologia, 2003.
METTENLEITER, Michael W. Autohemotransfusão como Prevenção de
Complicações Pulmonares Pós-Operatória. Disponível em
.
Acesso em 12/08/2007.
MOURA, Luiz. Transcrição do DVD: Auto-hemoterapia, conversa com o Dr. Luiz
Moura. Disponível em .
Acesso em 05/03/2008.
PARHAM, Peter. O Sistema Imune. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SILVA, Maria Clara S. Auto Hemoterapia. Disponível em
. Acesso em 10/08/2007.
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem Médicocirúrgica.
10° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005
STITES, Daniel. et al. Imunologia médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2004.

GENAURA TORMIN - o depoimento que me convenceu!


INCRÍVEIS BENEFÍCIOS DA AUTO-HEMOTERAPIA
Genaura Tormin

Um dia de muito trabalho no Tribunal, onde ocupo o cargo de Analista Judiciário!

Aproximava-se o término de prazo para interposição de recursos, por isso muitos advogados se faziam presentes.

Entre eles, uma emergente advogada. Moça simpática, inteligente e bonita. Uma profissional costumeira naquele ambiente. Ao sair deixou-me uma anotação: “Entra no google e pesquisa auto-hemoterapia - trabalho do Dr. Luiz Moura”. Agradeci e guardei a anotação na bolsa.

Hemoterapia, eu sabia que se relacionava a sangue, mas auto-hemoterapia, nunca tinha ouvido falar. Instalou-se em mim uma curiosidade. Fiz a pesquisa e fiquei encantada com o que li.

Dias depois, a mesma advogada passou-me um DVD com uma entrevista do médico LUIZ MOURA.

Diante da figura humana sensível e erudita do médico, que discorria sobre o tema com muita propriedade e conhecimento, fiquei convencida do seu efeito benfazejo, não obstante o ceticismo próprio do cargo de Delegado de Polícia que exerci durante alguns anos. Os irrecusáveis exemplos que permearam a entrevista do médico deram-lhe a credibilidade necessária.

Um processo simples, cuja técnica consiste em colher sangue da veia e injetá-lo no músculo, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial, aumentando a percentagem de macrófagos, os quais são responsáveis pela limpeza de todo o organismo, aumentando a autodefesa para curar muitas doenças crônicas e prevenir outras tantas.

Chega a ser mesmo uma prática inocente e sem custos financeiros, cuja matéria prima é o próprio sangue da pessoa, pensei.

Resolvi experimentar. Mal, não fará.

Não me julgo uma pessoa doente, pois o que tenho é a sequela de uma mielite transversa que, num dia qualquer da vida, sem aviso prévio, abruptamente meou-me o corpo, tornando-me paraplégica. De brinde, uma cadeira de rodas para deambular e um turbilhão de dificuldades para enfrentar. Uma limitação gritante, uma vez que me vi banida da locomoção e da sensibilidade tátil. Fiquei reduzida a apenas braços e cabeça.

Particularmente, uso sonda vesical para escoar a urina acumulada e o resto comando com a codificação mental, além do exercício da paciência, do improviso e da capacidade para me adaptar.

Assim, sendo uma pessoa adulta, consciente, mulher de um profissional de saúde (dentista), assumi o risco.

Tomei as duas primeiras aplicações da auto-hemoterapia, de 5ml, com o objetivo exclusivo de prevenção, uma vez não cogitar melhoras para a paraplegia, minha companheira inseparável há 25 anos.

Por causa de um grande cisto no ovário, constatado através de ultrassonografia, aumentei a dose para 10ml, aplicados (de uma só vez) na região glútea, de 7 em 7 dias.

Já com vistas a uma intervenção cirúrgica, fiquei estupefata ao fazer outra ultrassonografia, cinco dias depois do primeiro exame, e constatar que o cisto havia desaparecido. ("...Observa-se absorção total da imagem complexa descrita no exame anterior".)

Vítima há anos de uma trombose, que recidivara duas vezes, fiquei com a perna esquerda mais grossa do que a outra, incluindo a nádega, o que me causava um grande problema postural, forçando-me a usar um calço no assento da cadeira, lado direito, para melhorar-me o equilíbrio (medida orientada pelo fisioterapeuta que me assiste há alguns anos).

Qual não fora a surpresa ao notar que não mais precisava do calço e que a perna que sofrera a trombose estava quase igual à outra. Até mesmo para fazer os exercícios, o fisioterapeuta dispensou o calço, usado até então para a obtenção do equilíbrio.

A minha lesão é medular, com ausência de locomoção e sensibilidade a partir do nível T-4 (4ª vértebra torácica), o que significa dizer que estou (ou estava) inerte do peito para baixo.

A medula é basilar para o ser humano. É por meio dela que o cérebro envia as ordens para o funcionamento de todo o organismo. A mielite danifica os nervos e interrompe os fluxos nervosos com perda de sensibilidade. É uma lesão gravíssima. Chama-se Mielite Transversa porque acontece no sentido horizontal. São inúmeras as suas causas. É uma síndrome incapacitante, paralisa tudo o que esteja abaixo dela: pulmão, bexiga, intestino e aparelho sexual, além da locomoção. Se acontecer na porção cervical, a pessoa fica tetraplégica. Pode matar.

Leigamente falando, acho que fui vítima de uma anestesia na região lombar. Talvez tenha sido a Raquidiana ou a Peridural. No meu livro, Pássaro Sem Asas, a partir da 3ª edição, acrescentei um capítulo intitulado ‘Pode ter sido anestesia’, em que conto todos os pormenores a respeito disso.

Estou paraplégica desde os 36 anos de idade. Acredito-me guerreira e a minha bandeira é otimista, razão de todo o meu sucesso como mãe, esposa e profissional. Tenho uma família linda: quatro filhos formados e bem endereçados na vida, além de um marido sempre encantado comigo. Depois de paraplégica ascendi, por concurso, aos cargos de Delegado de Polícia e Analista Judiciário. Luta é minha palavra de comando.

Nesses 25 anos não consegui melhoras no quadro locomotor ou na sensibilidade, a não ser a de cabeça que me endereça sempre ao alto.

Mesmo assim continuo sendo perseguidora de sonhos, pois a paraplegia é apenas uma experiência natural da vida humana. Não é por isso que vou me entregar ao desalento. A vida continua!

Estou fazendo auto-hemoterapia há quatro meses. Nesse ínterim, muita coisa tem mudado. Descubro-me sempre com alguma novidade: a sensibilidade que era na altura dos mamilos (T-4), hoje se encontra pouco acima do umbigo. Sinto, na região lombar, o abraço do encosto da cadeira. Consigo contrair o abdome, o que não fazia antes, pois o diafragma não obedecia ao meu comando. Para tossir tinha que dobrar o tronco sobre os joelhos para conseguir forças para tal.

Hoje consigo mexer a 'bunda' voluntariamente, quando estou em decúbito ventral, conseguindo direcioná-la para a esquerda ou direita, cuja velocidade se soma a cada dia. O equilíbrio melhorou muito, e conseqüentemente a qualidade de vida. Se continuar assim, acredito que vou recuperar o controle natural de minhas necessidades fisiológicas.

Trabalho no Tribunal pela manhã. Todos os dias, após o café, consulto o relógio e se há ainda um tempinho, pego o jornal diário, ocasião em que só leio as manchetes e os subtítulos, tendo em vista estar sem os óculos para leitura. Descobri-me conseguindo ler os textos dos artigos! Não é bom?! A que se deve tudo isso? Não há outra resposta a não ser à auto-hemoterapia, única inovação na rotina diária.

Incrível? É! Inclusive para mim. Mas é VERDADE!

Meu fisioterapeuta a princípio muito reticente teve que aceitar os benefícios da auto-hemoterapia diante das evidências tão significativas.

Os testes comprovam os avanços, que jamais podem ser confundidos com placebos. São reais, físicos, visíveis!

Ninguém melhor para mensurar tais aquisições do que eu, o fisioterapeuta, o meu marido e a minha família.

Não espero andar, mas agradeço muitíssimo as melhoras registradas.

Significam muito para mim!

ATUALIZAÇÃO: 19.04.2007

Continuo encantada com a auto-hemoterapia!
Seis meses já se passaram desde a primeira aplicação.
Continuo fazendo regularmente.

Além dos resultados descritos acima, ainda outros vieram somar.
A pressão arterial que, embora controlada por medicamento, era, por vezes, muito alta, está estabilizada. Outras melhoras diversificadas se registram a cada dia.

A sensibilidade tátil continua em ascensão. Numa constatação tênue, já sinto vontade de evacuar e não mais estou usando fraldas. Vou para o Tribunal sem ela, o que me facilitou muito a vida, principalmente quanto à ida ao banheiro. Diminuiu o tempo e o trabalho de ter que ajustá-la. Realmente, a melhor parte.

Sinto-me disposta, bonita e feliz!

Sou muito agradecida pelo que está acontecendo comigo! E, por vezes, pergunto-me se mereço.

Afinal são 25 anos de paraplegia em que lutei com unhas dentes para conseguir alguma independência.

Para uma pessoa normal isso talvez não signifique muito, mas para mim significa MUITÍSSIMO.
Significa FELICIDADE!

ATUALIZAÇÃO: 28.09.2008

Estou fazendo auto-hemoterapia há dois anos.
Não me reconheço do passado. Estou ótima!

Não consegui andar e nem esperava por isso. Mas muitas outras melhoras se registraram, comprovadas por exames.

Minhas taxas estão excelentes! Tudo dentro da normalidade.
A trombose que tinha na perna esquerda foi, totalmente, recanalizada, conforme exame recente.

Minha estima está em alta! Nunca me senti tão bem!
Lógico, não é uma panacéia para a cura de todas as doenças, nem um milagre ou um passo de mágica, mas, particularmente, posso afirmar que me fez e me faz muito bem. Consegui muito, apesar da faixa etária e dos desgastes naturais dessa idade. Tenho certeza de que se a tivesse conhecido antes, teria vivido muito melhor.

Recebo e-mails, perguntando-me sobre o seu uso, como se eu fosse médica. Não posso responder. Cada um deve decidir por si, mesmo por que o meu conhecimento científico é na área jurídica.

Usar ou não a Auto-hemoterapia é uma questão pessoal. Somos mundos à parte. Temos disposições mentais diferentes. A reposta, acredito também ser diferenciada para cada um.

No meu leigo entendimento, creio que o meu sangue não me pode fazer mal. Não tomamos tantos remédios com terríveis efeitos colaterais?

Penso que antes de tudo a pessoa tem que pesquisar, se informar, assistir várias vezes à entrevista do Dr. Luiz Moura (registrada em DVD, amplamente divulgada na mídia) e formar convicção.

Quando percebi a melhora em mim, fiquei muito eufórica e feliz. Mexer a bunda! Meu Deus! Achei que ia explodir de tanta alegria. Pedi que filmassem, para que eu pudesse ver.

E, como sou poeta, com a sensibilidade à flor da pele, compartilhei com os colegas escritores do Planetaliteratura e do Recanto das Letras.

As leituras hoje, já passam de 48.000. Fico feliz, pois sei que o meu depoimento significa ajuda, uma vez que relatos benfazejos comprovam a eficácia da AH ao longo dos anos. Quantos comentários maravilhosos, incluindo os de alguns médicos, existem no rodapé deste artigo! Com certeza, um manancial para consultas, pois a voz do povo é a voz de Deus, penso eu. Não é possível que todos esses depoimentos sejam mentirosos.

No meu sentimento de amor, gostaria que o tema fosse estudado para melhorar a saúde de todos, principalmente daqueles mais carentes de recursos financeiros.

ATUALIZAÇÃO: 26.11.2009

Continuo fazendo a auto-hemoterapia regularmente. Faz parte da minha vida e a farei sempre.

Tenho LER, por excesso de trabalho, incluisive com o meu corpo, que o carrego com a força dos braços, nas transferências para o carro, a cadeira, e outras mais. A AH alivia-me um pouco as dores, já que a causa não pode ser evitada, pois a vida continua e é assim o meu jeito de andar ao longo desses 27 anos de paraplegia. Faço a AH como se fosse uma manutenção, uma prevenção, pois ela aumenta a auto-defesa.

Realmente, faz a diferença!

O que adquiri, como disse no texto, significa muito, muito mesmo! E eu não posso me esquecer disso.

Não consegui outras aquisições. Mas tudo que adquiri está sendo mantido, penso que se deve a continuidade das aplicações que, para mim, não representam trabalho, mas um grande prazer.

Não tenho atualizado mais frequentemente porque o texto já está bem prolixo e as pessoas não leem.
Genaura Tormin
Publicado no Recanto das Letras em 20/02/2007
Código do texto: T387723

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Comentários

18/02/2011 22:13 - M Fetha
PDF: Relatos - Auto-Hemoterapia e Câncer http://pdfcast.org/pdf/relatos-auto-hemoterapia-e-c-ncer http://www.scribd.com/doc/49125635/Relatos-Auto-Hemoterapia-e-Cancer Esta página contém apenas uma pequena parcela de testemunhos. Veja mais relatos na seção de depoimentos em: http://www.hemoterapia.org/
18/02/2011 20:42 - M Fetha
Auto-hemoterapia evita amputação Data: 18/02/2011 16:12 De: CARLA ANDRÉA ROS MAIA (carlandrea_rosa@hotmail.com) IP: 189.86.13.1 Assunto: Re: Re: Postado no Orientações Médicas Eu acredito piamente na Autohemoterapía, pois tenho uma experiencia própria pra contar: meu pai é portador da Diabetes, é amputado de uma perna e estava praticamente com a cirurgia marcada pra amputar a outra,foi qdo tomamos conhecimento da Autohemoterapia, através de um vídeo, cedido por um outro parente. Pesquisei sobre o assunto na internet, e chegamos a conclusão de que fazer a Terapia seria a solução para salvar a perna dele, e assim fizemos: contratamos uma enfermeira e no dia 1º de abril de 2010 iniciamos o tratamento, primeiro fazendo 3ml de 5 em 5 dias, depois qdo começamos a ver resultados positivos, mudamos de 3ml para 5ml de 7 em 7 dias, e hoje a única coisa que lamento é a de não ter tido conhecimento antes de ele amputar a primeira perna, pois era pra ele está com a perna salva. Para mim a Autohemoterapia funciona mesmo, porém, o meu pai está com a ferida do calcanhar, que estava comprometido, completamente curada, graças a essa maravilhosa Terapia.Abraços... http://inforum.insite.com.br/39550/11553071.html
18/02/2011 17:11 - DEBORAH FARAH
Genaura querida!!!! Parabens pela tua força, pela tua garra ,ja és uma heroina, por nunca ter desistido de lutar e continuar tua vida apesar das dificuldades enfrentadas, hoje que ouvi falar dessa tecnica, e estou pesquisando sobre ela,estou muito interessada em fazer... Deus a continue abençoando cada minuto de sua vida pois sei que pra vc cada dia com algum progresso é uma vitória.. Debi
18/02/2011 16:27 - Salvador Filho
Olá, Genaura! No seu depoimento você fala 5ml e depois 10 ml. Quantos ml temos que tomar? E de quanto em quanto tempo? Tem diferença no tratamento? Por favor, esclarece isso pra mim.
17/02/2011 20:53 - Ana Maria do Amaral Basto
As vezes o acaso nos leva, a coisas bem interesantes, por exemplo fui comprar pão e encontrei duas amigas, conversamos e uma disse:vc conhece hemoterapia?,e conversamos algun tempo sobre isto, ela me falou sobre o Dr. Luiz Moura, sobre suas palestras, e como isto esta se espalhando, mesmo sendo no boca a boca, nisto a outra amiga disse ter feito e esta muito bem, já tem uma certa idade e diabetes,que é um agravante para qualquer pessoa.Meu marido já fez varios tratamentos para a coluna e não tem remédio que de jeito, uns falam em cirurgia outros não, pois ele tem um agravante, só tem um rim e tem mal de parkinson, mostrei a ele as palestras e ele quer fazer o tratamento de qualquer jeito.Vou marcar uma consulta com o Dr luiz o mais breve possivel, para mim e para o meu marido. Em breve darei o meu depoimento, com certeza com muito mais alegria que agora e com a saúde bem melhor.Genaura voce é tudo de bom Deus é sabio, e passa sua sabedoria para pessoas especiais, como o Dr. Luiz,que faz as coisas não visando o vil metal, mas sim a saúde do próximo.
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Sobre a autora

Genaura Tormin
Goiânia/GO - Brasil, 65 anos
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História de minha familia e eu com AHT

quarta-feira, 27 de abril de 2011

História de minha familia e eu com AHT

Ainda hoje apliquei a aht em minha mamãe, de 67 anos, uma sobrinha de 9, e um amigo que está em sua 2º aplicação! Depois disso, estive lembrando que, no inicio deste ano 2011, minha mãe há anos sofre de gastrite, pelo qual visitou muitos médicos, tomou todo tipo de medicamento disponível, fez um exame doloroso e muito desconfortável, a endoscopia digestiva... A gastrite é (era Graças a DEUS) um problema tão sério, que muitas vezes ao longo dos anos, fui por ela acordada em muitas madrugadas, pedindo-me socorro e sempre ao chegar ao hospital a pressão arterial estava, ate em 22 x 14 se nao me engano, tendo praticamente um enfarto, a cada vez que decorria a situação parecida! Via minha mãe, tão frágil, magrinha pois quase não podia se alimentar, não ao menos corretamente!
Voltando ao inicio do ano, recebi a visita de minha mãe, me falou de um negocio do sangue, que tirava da veia e aplicava no musculo, como tenho lan house e internet 24 h por dia, me pediu que investigasse o que lhe respondi que o faria, mas sem a menor intenção de fazê-lo, e disse a ela, ta doida, onde já se viu aplicar sangue da veia no musculo... Eu que já pratiquei enfermagem, fiz estágio em hospital público, sempre imaginei que se o fizesse, teria certamente uma necrose, isso com sorte. Ela foi para casa, eu fiquei martelando a idéia sem a menor intenção de investigar, porém, graças a ALLA (DEUS), sempre fui uma sagitariana muito curiosa teimosa com base em meus ideais porém também muito persistente, sentei em frente há um computador que estava em manutenção (sou técnica de informática) e digitei o termo Dr. Luiz Moura no google que de cara me deu o link do depoimento da Dr. Genaura Tormin ao qual me deixou arrepiada, boquiaberta, crendo, convencida porém não acreditando que algo tao simples pudesse ser tão benéfico, ainda mais eu que sou fumante há mais de vinte anos e ali vi uma ajuda para meus problemas respiratórios! Para encurtar um pouco a história, qd Dr. Genaura citou seu livro, Pássaro sem Asas, busquei por ele e me certifiquei de sua existencia, vendo que ela falava sério. Vasculhei a net das 14 horas daquele dia, até as 4 horas da manhã seguinte, encontrando tudo, mas tudo, até mesmo os estudos em ratos albinos feito pelos bacharéis em enfermagem da Unipac.
Resolvi fazer a aplicação em mim mesma, porém ainda muito receiosa, liguei para um tio que é fazendeiro, e lhe perguntei: Tio, por acaso você já aplicou sangue da vaca nela mesma? (havia encontrado na net um texto tratando da aht para uso vetenário) e ele prontamente me respondeu, pelo meu apelido de infancia que só ele lembra e não vou falar qual é, - claro que sim, - mas para que tio? - para derrubar birruga (verrugas) disse ele em tom carinhosamente caipirês, o qual gosta de usar ás vezes, mas por brincadeira e não por nao saber falar português corretamente (rsrsrs) - mas tio, e nenhuma delas morreu ate hoje? - de jeito nenhum! Não por causa disso, morreram por que foram para o açougue - foi sua resposta contundente!
Como disse, a curiosidade faz parte do meu ser e a teimosia ou persistência, igualmente arraigados em tudo que possa se chamar de EU, continuei atrás do “furo”, pois deveria haver um, não era possível de não haver, foi então que liguei para um amigo meu, de longa data, homeopata sério, lembrei-me dele pois um tempo atrás me fez um relato de homeopatia com o sangue do enfermo, quando me confirmou ser real, me alertou de alguns riscos que até agora não confirmei porém adotei sempre ter limão por perto, se não limão, em caso de reações, toma-se o xixi, (o da própria pessoa, para cortar o efeito da hemo no caso, segundo ele. Não confirmei nenhum dos casos e nunca usei em mim ou em qualquer pessoa em que fiz aplicação da aht, porém respeito a opinião do grande profissional que sei que ele é!
Na noite seguinte a ter levantado a poeira da internet em busca do conhecimento da aht, resolvi fazer aplicação de 2 mls. Muito nervosa, pois um trauma de agulhas me perseguiu por mais de 25 anos, e há 20 anos não pegava uma veia, providenciei um scalp e depois de 3 tentativas peguei minha veia, tirei 2 mls, apliquei na nádega, isso tudo sozinha, vesti uma roupa e me deitei vestida, com medo de passar mal e ter de chamar os bombeiros, visto que estava sozinha em casa! Comecei a me sentir tão leve, a mente se abriu, mau humor foi parar na casa do chapéu, as dores diminuiram e dormi como uma pedra de 100 toneladas, nada me movia do lugar...
Depois da 4º aplicação, comecei a aplicar em miha irmã, pra ter certeza que esta prática não matava, após a 7º minha e 3º de minha irmã, fiz 2 ml em minha mãe, que 15 minutos após a aplicação, começou a arrotar, sair os gases presos no estômago devido a gastrite.
Hoje, ja quase com 5 meses que entrei para o clube da hemo, como nós de nosso grupo a denominamos carinhosamente, já aplico 10 ml em mim, na minha mãe e em 2 pessoas, os outros, tipo, sem uma doença necessáriamente conhecida, é aplicação normal, de 5 ml!
A cada semana as melhorias são notáveis e a gente vai percebendo as diferenças aos poucos, tipo uma dengue curada em menos de uma semana, a de minha mãe, que nem ao médico foi! A minha, eliminei em 3 dias, pq no dia que ela surgiu era o mesmo de fazer a aplicação,( bem feito pra dengue, se deu muito mal)!
Hemoteráicos, caros amigos usuários e defensores da aht, é impossível relatar todos os beneficio aqui neste momento, o farei aos poucos, me aproveitando de nossa recente amizade, devido ao horário e que agora com a jemo, durmo bem e cedo, mudança de vida, porém, relatarei alguns fatos que considero importante agora levar ao conhecimento de vcs: Recentemente viajei 300 kilometro, há uma cidade vizinha onde residem parentes, tipo tios, irmãos etc... pessoas que a gente se preocupa naturalmente e os quer ver bem, porém falava com eles ao telefone, msn, gostavam muito da idéia mas ninguém tomava a iniciativa! cheguei a casa de meu irmão, já fui aplicando na sobrinha de 15 anos, linda porém com o rosto tomado pela acne e espinhas, daí foi a cunhada, a mãe dela, uma tia, meu irmão , outra sobrinha erc... ensinei a cunhada a fazer, alias só tirei o medo dela, pois é uma profissional da área há anos.. diariamente convenço pessoas a se utilizarem da aht, dificilmente há um dia que não faça ao menos uma aplicação e a felicidade que toma conta de mim é inexplicável, sinto que estou fazendo bem ao ser humano, levando o conhecimentoque não deixará mais ninguém morrer, por exemplo, de dengue hemorrágica, que foi assim que na véspera de 2010 perdi uma tia que tanto amava minha companheira de viagens, estava sempre comigo e não dava a minima com a alta velocidade que sempre dirigi, muito menos com o som de dire straits ou era eu mesmo ia tocando num volume tão alto que a placa do carro fazia rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrap raaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaap, Tia, que Deus a tenha em um bom lugar! Incha´la!
Uma outra dúvida permeava minha mente pelo lado religioso, então pesquisei na internet, no alcorão, pois sou muçulmana convertida e na bíblia Tb os evangélicos não acharam nada contra a aht, mas me parece que na bíblia tem alho tipo, a “cura está no sangue, MS não posso afirmar de certeza!
Não tenho a mínima intenção de parar com a aht, de cinco em cinco dias falo minha própria aplicação, indico, falo, faço propagando, aplico em quem quizer, desde de que não seja usuário de drogas, pois dá um efeito triplicado na pessoa, se tiver feito uso de maconha, por exemplo, uma semana antes, não gostei desta experiência, prenssei o cidadão ate ele contar sobre a droga que tinha usado, pq não acontece com ninguém akeles sintomas, pq só com ele, confessou e disse que so fará a aht qd se livrar do vicio, não tenho vinculo empregatício com horário público nem particular na área de saúde, me sentindo assim livre para fazer aplicações em quem quizer, não cobro nada e muitas vezes pago ate a seringa, algodão e àlcool, com maior prazer, ah ia me esquecendo, mamãe tem uma semana que, se Deus quizer não só “parece” mas não teve problema de estomago, as vezes tem, mas logo passa, está dormindo muito bem, tem resistência física, a memória, percebi que está melhorando, a pele, não só dela, mas de todos que estão usando, nossa, coisa de louco, pele linda, limpa...
Vou parar por aki senão serei banida da comu, vcs vão pensar que falo demais, e meus dedos não aguentam mais rererere! Não vou revisar este texto, vai p comu, assim cru do jeito que está, porém meu teclado é completamente cego, só aparecendo um pedaço das letras p, b . k j b f x q, somente o Y está inteiro, então desculpem o erro de digitação, a culpa é do teclado que se tivesse sangue, faria a aht nele kkkkkkkkkkkkkkk!

3 comentários:

  1. Bom galera, hoje resolvi passar akie e falar um pouquinho sobre minha pessoa..Tenho 18 anos e com mto orgulho digo a todos q faço parte da AHT (Auto Hemo Terapia).

    Quando mais nova, eu sofria mto pq ia mto no hospital ( que para mim já se tornara minha segunda casa) , mas naum me acostumava com duas coisas, aquele povo de jaleco branco e akelas seringas com uma baita de uma agulha afs... a agulha nem encostava em mim e eu já fazia o piseiro.

    As enfermeiras e o médico passavam a maior dor de cabeça comigo pq eu e o meu gênio naum lhes ajudava mto.

    Minha vida naum foi a mais perfeita do mundo, mas tambm naum foi a pior.

    Eu sofria muito com infecção de garganta, as minhas amídalas inchavam dando o parecer q iriam explodir e a dor era insuportável.
    Minha mãe achava q era por causa do Clima do local aonde eu morava (Espírito Santo) daí resolveu mudar com o meu pai pra cá, já q uns assuntos do emprego dele estava se resolvendo akie.

    Ao chegar akie as coisas mudaram, mas naum foi pra melhor... comecei a fikar doente com mais freqüência. Já q remédios naum adiantavam aquilo se tornou normal, até pra mim mesma.

    Nos últimos meses senti algo diferente em mim. No começo era uma dorzinha xata como se fosse picadinha de Formiga bm nas minhas costas , entretanto naum dei nem a mínima. Bom, eu naum sei vcs mais eu só ia no medico quanduh era a ultima solução ( a válvula de Escape )*-*! Mas a historia começa a mudar pq as dores começam a ser mais fortes e com mais freqüência e eu descubro q ér infecção nos rins.

    Um certo dia, eu ( creio q iluminada por DEUS) , comentei com uma Amiga minha sobre minhas dores nos rins e como era difícil me abaixar, fikar mto tempo sentada...
    [...]

    E ela me falow sobre a hemo (nome carinhoso q a gente da à AHT e ao nosso Grupo “OS HEMOS ”), e confesso a vcs axei q fosse coisa de gente doida, uma coisa de outro mundo, naum sei nem explicar direito, mas de uma coisa eu tinha certeza e dizia pra mim mesma :
    ‘-Naum tomo isso nem morta.’ E ela fikava enxenduh meu saco falando : -toma, toma!

    Fikei curiosa quanto ao assunto e ao xegar em casa comentei com minha Mãe e para a minha surpresa ela me disse q já tinha ouvido falar da Hemo e q meu próprio Padastro havia tomado ela quandu teve q fikar internado em um hospital fora da cidade. Ela disse q os Resultados foram bons e 1ª Graças a Deus e 2º a Hemo q papai ta vivo hj e ta usanduh e abusando de tudo q ele antes naum podia comer.

    Dakele dia em diante comecei a conversar com minha amiga (aquela q me enxia o saco pra tomar a Hemo), perguntei pra que servia a Hemo, oq fazia, quanduh fazia e com mta paciência e sabedoria ela me respondia a cada pergunta. Como Nem tudo é tão simples como a gente pensa, ela tocou no nome de INJEÇÃO, nossa ela me quebrou no meio cara.... eu era traumatizada com agulhas ou qualquer objeto q poderia arrancar-me sangue.

    O tempo passou e eu me vi na necessidade de Fazer a Hemo. Fui na minha amiga, e ela aplicou em mim e como q se fosse num passe de mágicas eu já me senti tão mais leve, mais feliz, enfim mais bem comigo mesma pq havia enfrentado um medo meu e dado inicio há uma NOVA VIDA.

    Hoje naum sinto mais dores nos rins, na cabeça nem na garganta.

    Durmo feito uma pedra.... a preguiça? Vixi , akela mesmuh q foi-se embora.

    Hj ér uma nova história , eu q procuro a minha amiga pra aplicar em mim kkkkkkk , tadinha dela.

    Por isso eu passei akie pra dizer q a Hemo naum ér só pros adultos naum , ér pra criança, adolescente , Jovens e idosos.

    Hemo ér saúde por isoo ‘ Os Hemos ‘ são Saudáveis.

    Poor: Raquel’Souzaa!!!

    Email. Raquel_gata14@hotmail.com (msn e facebook)*-*
    Acc com todo o prazer>>(L)<<
    ResponderExcluir
  2. Me chamo Glória, paulista, vivo em São Paulo. Desde bebê sofri muito com otite. Logo com um mes de vida já estava aos gritos e ninguém sabia porque.... até os ouvidos supurarem. Tomei Tetrex por cinco anos seguidos. Então, no início dos anos 60 esse antibiótico foi PROIBIDO para adultos, pois impregnava nos ossos e substituía o cálcio...
    Em 1974 tive furunculose, enquanto apareciam nas costas ou no rosto dava para sair na rua e ir à escola. Na época me deram mais antibióticos, mas após 15 dias vi os abcessos reduzirem e "encruarem" mesmo mantendo as dosagens receitadas pelo médico, depois voltavam a purgar como se o antibiótico nada significasse. Os remédios foram trocados por 3 vezes e as dosagens também... foram 6 meses de tentativa e os abcessos continuavam a supurar. Então um deles resolveu que eu não ia sentar por uma semana.
    No segundo mês que eu faltei por não poder andar e ir para a escola, minha madrinha chegou em casa e quis saber o que estava acontecendo. Ela me poz num taxi e me levou a um acupunturista japonês. Ri e exigi anestesia se ele fosse furar com agulhas o caroço.
    O acupunturista escreveu nas costas de seu cartão uma série de aplicações de Auto-Hemoterapia. Eu tinha 1,58m e pesava 43kg, a prescrição era dosagem infantil no método francês. Todo dia retirava o sangue e aplicava no músculo, começava com 1ml de sangue e parava em 2,5ml e regredia para 1ml, descansava uma semana e recomeçava as aplicações. Após a segunda série de aplicações os abcessos que deviam inchar e doer até supurar não surgiram, os que estiveram purgando fecharam. E NUNCA MAIS TIVE OUTRO FURUNCULO. Fiz as aplicações por 5 vezes, total de 10 semanas. Guardei aquele cartãozinho até perde-lo numa mudança.
    Por mim estaria fazendo initeruptamente desde os anos 70! Notei que depois das aplicações, eu parei de ter 4 resfriados no ano que duravam geralmente 1 mês. Passou a ser um por ano! Ainda tinha acne e por causa dela assim que comecei a trabalhar fui ver quem poderia me aplicar. As farmácias aceitavam aplicar desde que eu apresentasse a receita... Então foi outra guerra. Nenhum médico queria me prescrever, que era perigoso, que eu ia necrosar a b*... enfim! Apelei para minha madrinha que tinha amizade com uma família em que o filho da amiga dela se formara médico...
    A dona sabendo da minha história encostou o filho doutor na parede e mandou ele assinar a receita... rs. Ele concordou contanto que eu fosse buscar a receita na casa dele e de jeito nenhum fizesse contato no hospital. Na casa desse médico, eu passei por um interrogatório. Ele fazia a mesma pergunta de formas diferentes para ver se eu caia em contradição só para ter certeza de que eu não precisava da receita e assim ele gentilmente me prescreveria antibióticos de graça. No final eu o convenci a assinar a receita.
    Fiz mais uma bateria de aplicações por um ano inteiro até os farmacêuticos se negarem a aplicar porque a receita era velha. EU NÃO NECROSEI EM LUGAR NENHUM. Fiquei com manchas de hematoma, porque sou branquela... e com uma ótima saúde por muito tempo!
a cura para todos os males
Hoje, tenho 3 anos de uso da AHT, e dentro desta experiência, creio piamente que a auto-hemoterapia seja a solução para a maioria dos males da sociedade!
Desculpem a falta de tempo para postar minhas experiências, mas em breve trarei novidades aos leitores!

domingo, 5 de junho de 2011

Trombose, Diabetes e colesterol - Uma senhora Feliz!

vou contar um pequeno trecho de caso recente, de uma senhora de 57 anos, com sua perna esquerda 3 vezes maior que direita devido ha uma trombose e ulcera pouco acima do tornozelo que deixava a parte afetada muito escura, associada a diabetes, (aplica insulina 2 x ao dia)colesterol alto, dentre outros problemas que creio nao terem sido diagnosticados!
Fiz sua primeira aplicação há exatamente cinco dias, de apenas 2 ml, hoje ela veio me visitar e fazer a segunda aplicação.... Desatou a conversar, eu espantada olhando sua perna, assustada por a mesma ter reduzido a metade do tamanho que estava há cinco dias, escutando seu relato, que abandonou os medicamento anti-depressivos que deichavam tao sem animo que ficava o dia todo na cama, falando sobre o animo que tomou conta, das caminhadas que fez esta semana, das dores que sumiram e ela também nao parava de olhar para a perna! Neste caso, estou documentando com exames, realizados 1 dia antes da 1º aplicação, foto de mesma data e na proxima aplicação vou fotografar e dentro de 20 dias repetiremos os exames! 2º aplicação de 5 ml e na proxima iniciaremos aplicações de 10 mls! prometo postar os exames e as fotos em breve!

Minha tia e a AHT - história real

Há aproximadamente 2 meses, estive em outra cidade visitando parentes, falando sobre a AHT e fazendo primeiras aplicações, inclusive em uma tia, costureira há muitos anos e em consequência de sua profissão sofria com muitas dores na coluna, dores estas que a fez passar muitas noites em claro e quando conseguia dormir, acordava muito mal!
Hoje falei com ela ao telefone, pois sua filha, acadêmica em enfermagem, aprendeu e perdeu o medo de aplicar AHT, fazendo aplicações assíduas nela e em outros membros de nossa familia! Minha tia, muito emocionada, nao encontrava palavras para me agradecer, por tê-la convencido a tomar a primeira aplicação de AHT, hoje nao sente mais nada, está tao cheia de disposição e sem dores que suas máquinas de costuras nao estão mais dando conta dela rererere!

terça-feira, 31 de maio de 2011

"Como se fosse crime lutar para ter saúde"

"Como se fosse crime lutar para ter saúde"

Sindicalista pede na Justiça direito de usar auto-hemoterapia



--- Ubervalter Coimbra - ubervalter@gmail.com

A suspensão dos efeitos da NOTA TÉCNICA Nº 1 DE 13 DE ABRIL DE 2007 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe a prática da auto-hemoterapia no Brasil foi requerida nesta segunda-feira (30/05/2011) ao Juizado Especial Federal (JEF) no Espírito Santo. O processo foi identificado como SJES - 2011.50.50.004293-1 Vitória. Através daquele instrumento ilegal, a Anvisa impede que os brasileiros tratem suas doenças através da auto-hemoterapia, que cura ao aumentar a imunidade em quatro vezes. Seu preço é irrisório: uma seringa de aplicar injeção.

A ação foi impetrada pelo sindicalista Waldemar Almeida Lyrio, que foi aposentado por invalidez pelo INSS, por sofrer de enfisema pulmonar. Na ação, ele afirma ao juiz "... o requerente é portador de uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a popularmente conhecida como enfisema pulmonar, considerada pela medicina como uma doença progressiva e irreversível, levando invariavelmente à morte. Mal conseguia se locomover a passos lentos para o sanitário e para se alimentar. Vivia acamado. Era um morto- vivo. Foi levado, carregado, para as quatro primeiras aplicações de auto-hemoterapia, feitas a partir de maio de 2009. Hoje, o requerente caminha, toma ônibus, sobe escada, dirige, voltou a ter desempenho sexual. Voltou a viver graças à auto-hemoterapia! Mas faz as aplicações clandestinamente - como se fosse crime lutar para ter saúde, para viver! - por ato ilegal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acompanhada na arbitrariedade pelos Conselhos Federais de Medicina (CFM), Enfermagem (Cofen) e de Farmácia (CFF), como provará".

ENFISEMA

Ele usa 10 ml, a cada sete dias. Na instrução do processo, Waldemar Lyrio afirma que milhões de pessoas que sofrem o enfisema pulmonar, poderiam se beneficiar da auto-hemoterapia, não fosse a ação ilegal, coatora, da Anvisa, CFM, Cofen e CFF. "... O requerente, que não está só: ´... Dentre os pacientes com DPOC, aproximadamente 20% apresentam enfisema pulmonar, enquanto os outros 80% têm bronquite crônica ou, ainda, uma combinação destas duas afecções [3]....”. E, que "... A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morte e incapacitação em todo o mundo, com mais de 16 milhões de indivíduos afetados só nos Estados Unidos [1]. No Brasil, é responsável por cerca de 30 mil óbitos/ano, sendo a quinta causa de morte mais freqüente. Estima-se que haja, atualmente, três milhões de portadores da doença em nosso país. Ao contrário de diversas doenças crônicas que estão em declínio, a progressão da DPOC é alarmante, exibindo números mundialmente crescentes [2]. Prevê-se que até 2020 será a terceira causa de morte mais freqüente no mundo, sendo superada apenas pela doença cardíaca isquêmica e pela doença vascular cerebral [2]. No Brasil, segundo dados do DATASUS, a cada ano são hospitalizados 280 mil brasileiros com DPOC [3]...", dados em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-97412004000400003 . É de se ressaltar que os dados da publicação científica foram publicados em 2004.

O requerente também não está só em ter o benefício da remissão ou cura do enfisema pulmonar com a auto-hemoterapia, como se vê em muitos depoimentos. Entre estes, como declarado pelo senhor Joaquim Nunes, jornalista, em entrevista publicada em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:RN_mwdyGQkUJ:www.seculodiario.com.br/arquivo/2008/abril/19_20/reportagens/reportagens/19_04_01.asp+auto-hemoterapia+s%C3%A9culo+diario+cristina+moura&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br E, no depoimento contido em http://amigosdacura.ning.com/profiles/blogs/curei-enfisema-pulmonar-video ..."

COMPROVAÇÃO

Depois de provar a ilegalidade da Anvisa, Waldemar Lyrio faz os seguintes requerimentos:

"...Desta forma, o requerente considera que a proibição, por parte da Anvisa, do uso da auto-hemoterapia é ilegal e injusto. O presente pleito baseia-se nos seguintes fatos:

1. É fortemente documentada a eficácia da auto-hemoterapia para aumentar as defesas do organismo, conforme comprovado - e nunca contestado cientificamente - através do trabalho do Dr. Jessé Teixeira.

2. O requerente deseja manter a imunidade do seu organismo elevada, para ter sob controle o enfisema pulmonar que o impedia de práticas corriqueiras, como andar e comer à mesa, situação que pode voltar a afligi-lo se a auto-hemoterapia for suspensa e, ainda, quer prevenir outras doenças e ajudar no tratamento e na cura de qualquer mal do qual seja ou vier a ser acometido.

3. O requerente autorizará a realização do procedimento e assume a responsabilidade por qualquer conseqüência advinda da aplicação da auto-hemoterapia.

4. Faz-se necessário que seja declarada suspensa a aplicação da Nota Técnica Nº 1, de 13 de abril de 2007, da Anvisa.

5. Pela urgência da necessidade de uso da técnica, justifica-se que seja concedida medida liminar para que os profissionais de saúde possam aplicar a auto-hemoterapia e o requerente não fique desassistido.

Requer, finalmente, o direito de receber aplicação de auto-hemoterapia para reforçar a imunidade do seu organismo; que este direito inclua a atuação de qualquer profissional de saúde de livre escolha em qualquer lugar do território nacional brasileiro, para aplicar, e os que forem habilitados poderem sugerir a utilização da referida terapia alternativa com o consentimento informado; e que seja declarada suspensa a aplicação da Nota Técnica Nº 1, de 13 de abril de 2007, da Anvisa.”

DOCUMENTOS

O sindicalista acrescentou dados pessoais, entre os quais Carta do INSS comunicando sua aposentadoria por invalidez; Laudos médicos comprobatórios da doença (listados de 3 A até 3 I ), Cópia do artigo do Dr. Luiz Moura com o título “Auto-hemoterapia”, Cópia do original da publicação do Dr. Jésse Teixeira, publicada em 1940 no Brasil Cirúrgico com o título “COMPLICAÇÕES PULMONARES POST-OPERATÓRIAS CONTRIBUIÇÃO Á SUA PROPHYLAXIA” e Cópia do original do artigo do Dr. Ricardo Veronesi, com o título “Imunoterapia: o impacto médico do século”, publicado na revista Medicina Hoje, em 1976.

Waldemar Lyrio foi o mais destacado dirigente sindical dos trabalhadores na construção civil no Espírito Santo no período da ditadura militar. Foi presidente, secretário e secretário de formação do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintraconst) entre 1980 e 1986. Depois, foi diretor da Federação dos Trabalhadores na Indústria (FTI-ES) até 1992.





ÍNTEGRA DA PETIÇÃO



EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO





Waldemar Almeida Lyrio, brasileiro, casado, residente à rua Presidente Vargas, 1051, Porto Novo, Cariacica, Espírito Santo, CEP 29.155-450, RG ... e CPF... (cópias com números incluídos no processo), Aposentado por invalidez pelo INSS, com benefício tipificado no Código 32, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência expor e requerer o seguinte:

O requerente é usuário da Auto-hemoterapia, técnica que consiste na retirada de sangue da veia e aplicação imediata no músculo, com o que o sistema imunológico tem seu poder de defesa multiplicado em quatro vezes. Desta forma evita, combate e cura muitas doenças.

O requerente é portador de uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a popularmente conhecida como enfisema pulmonar, considerada pela medicina como uma doença progressiva e irreversível, levando invariavelmente à morte. Mal conseguia se locomover a passos lentos para o sanitário e para se alimentar. Vivia acamado. Era um morto- vivo. Foi levado, carregado, para as quatro primeiras aplicações de auto-hemoterapia, feitas a partir de maio de 2009. Hoje, o requerente caminha, toma ônibus, sobe escada, dirige, voltou a ter desempenho sexual. Voltou a viver graças à auto-hemoterapia! Mas faz as aplicações clandestinamente - como se fosse crime lutar para ter saúde, para viver! - por ato ilegal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acompanhada na arbitrariedade pelos Conselhos Federais de Medicina (CFM), Enfermagem (Cofen) e de Farmácia (CFF), como provará.

A auto-hemoterapia é técnica utilizada há 180 (cento e oitenta) anos. Em 1831, no Jornal de Medicina e Cirurgia Prática, o médico italiano M. Mansizio recomendava como panacea uma operação que constituiu assunto de uma nota apresentada à Academia de Medicina.



DEFINIÇÕES

A Auto-hemoterapia foi definida como método terapêutico em 1912, pelo médico francês Paul Revaut, consistindo em injetar debaixo da pele de um doente alguns centímetros cúbicos do seu próprio sangue. Revaut descreveu a auto-hemoterapia, sua técnica e indicações pela primeira vez num importante artigo publicado em 1913. Em 1924 já era e utilizada com êxito, conforme pesquisa que resultou na tese de doutorado do Dr. Alberto Carlos David, da Universidade do Porto – Portugal. E tem comprovação desde 1940, através de experiência do cientista brasileiro Dr. Jésse Teixeira, relatadas no seu artigo científico denominado “Complicações Pulmonares Pós- Operatórias -Autohemotransfusão”, entre outros, nos endereços onlinehttp://www.rnsites.com.br/artigo_jesse_teixeira.pdf e http://www.orientacoesmedicas.com.br/AUTOHEMOTRANSFUSAO_Dr_Jesse_Teixeira_1940.pdf

Naquele trabalho, o autor relata que: “O sistema retículo-endotelial de ASCHOFF-LANDAU também é poderosamente estimulado pela autohemotransfusão. As seguintes experiências provam essa afirmação: a) Um emplastro de cantáridas, colocado sobre a pele da coxa, determina a formação de pequena vesícula. Pois bem, se aspiramos o conteúdo dessa vesícula num tubo em U e o centrifugarmos, depois de seco e corado, a contagem diferencial nos revelará uma incidência de monócitos por volta de 5% (os monócitos são os representantes no sangue circulante do S. R. E.). Após a autohemotransfusão, a cifra de monócitos, no conteúdo da vesícula, se eleva em oito horas para 22% e, após 72 horas, ainda há 20%, caindo a curva gradualmente para voltar ao normal, no fim de sete dias (...)”.

O Dr. Luiz Moura, médico carioca que utiliza a técnica há 60 (sessenta), anos explica o procedimento da seguinte forma: “É uma técnica simples, em que, mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do organismo. Os macrófagos é que fazem a limpeza de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado. Ocorre esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema Retículo Endotelial está sendo ativado. E só termina essa ativação máxima ao fim de cinco dias. A taxa normal de macrófagos é de 5% (cinco por cento) no sangue e, com a auto-hemoterapia, nós elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5 (cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia, começa a declinar, porque o sangue está terminando no músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento). Daí a razão da técnica determinar que a auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias. Essa é a razão de como funciona a auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo, basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo...”. Um texto base sobre o tema foi publicado pelo dr. Luiz Moura em http://www.medicinacomplementar.com.br/tema130206.asp

Durante todo esse tempo a auto-hemoterapia foi utilizada, conforme inúmeros relatos de médicos, enfermeiros, outros profissionais de saúde e leigos, sem que tenha ocorrido qualquer problema decorrente da sua aplicação. Pelo contrário, milhares de relatos dão conta da proteção à saúde dos usuários, bem como da cura ou auxílio à cura de mais de 170 (cento e setenta doenças ou sintomas), em todos os estados brasileiros.





ENFISEMA

Entre as doenças, o enfisema pulmonar, que afeta o requerente, que não está só: “... Dentre os pacientes com DPOC, aproximadamente 20% apresentam enfisema pulmonar, enquanto os outros 80% têm bronquite crônica ou, ainda, uma combinação destas duas afecções [3]....”. E, que "... A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morte e incapacitação em todo o mundo, com mais de 16 milhões de indivíduos afetados só nos Estados Unidos [1]. No Brasil, é responsável por cerca de 30 mil óbitos/ano, sendo a quinta causa de morte mais freqüente. Estima-se que haja, atualmente, três milhões de portadores da doença em nosso país. Ao contrário de diversas doenças crônicas que estão em declínio, a progressão da DPOC é alarmante, exibindo números mundialmente crescentes [2]. Prevê-se que até 2020 será a terceira causa de morte mais freqüente no mundo, sendo superada apenas pela doença cardíaca isquêmica e pela doença vascular cerebral [2]. No Brasil, segundo dados do DATASUS, a cada ano são hospitalizados 280 mil brasileiros com DPOC [3]...", dados em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-97412004000400003 . É de se ressaltar que os dados da publicação científica foram publicados em 2004.

O requerente também não está só em ter o benefício da remissão ou cura do enfisema pulmonar com a auto-hemoterapia, como se vê em muitos depoimentos. Entre estes, como declarado pelo senhor Joaquim Nunes, jornalista, em entrevista publicada em http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:RN_mwdyGQkUJ:www.seculodiario.com.br/arquivo/2008/abril/19_20/reportagens/reportagens/19_04_01.asp+auto-hemoterapia+s%C3%A9culo+diario+cristina+moura&cd=4&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br E, no 3

depoimento contido em http://amigosdacura.ning.com/profiles/blogs/curei-enfisema-pulmonar-video



DVD

Mas em 2004 um fato novo mudaria o rumo do uso da técnica, que passou a ser mais utilizada a partir da divulgação de um DVD com uma entrevista do Dr. Luiz Moura aos jornalistas Ana Martinez e Luiz Fernando Sarmento, o qual passou a ser reproduzido e distribuído gratuitamente por todo o Brasil e até no exterior. O Sr. Luiz Fernando lembra que “em pouco tempo passamos a receber, de usuários, retornos espontâneos de resultados benéficos em relação aos mais variados distúrbios”, além de que “Iniciativas pessoais – aqui, ali, em muitos lugares – tornam popular a auto-hemoterapia”. O vídeo é então divulgado na internet. Seus autores liberam a reprodução para fins humanitários. Textos informativos e científicos passaram a ser disponibilizados na internet . Há dois anos já circulava estimativa de que 20.000.000 (vinte milhões) de pessoas já haviam assistido ao DVD. Passaram a se formar e ser mantidas salas virtuais de debates, ao mesmo tempo em que surgiam versões do DVD com legendas em espanhol e inglês. O assunto se propagava e surgiam solicitações de informações do Brasil inteiro, além de outros países, como Japão, Estados Unidos, Espanha, Argentina e Uruguai. Iniciava-se então uma campanha nacional em defesa da auto-hemoterapia. Entre inúmeros endereços o DVD pode ser ouvido em http://video.google.com/videoplay?docid=-4554320633785209094# e, lido em e sua transcrição em http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-dvd.htm



PRECIPITAÇÃO

Devido à popularização do uso da auto-hemoterapia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - emitiu em 13 de abril de 2007 uma Nota Técnica completamente desnorteada e em bases falsas, proibindo de forma precipitada, arbitrária e ilegal o uso da técnica, que não está proibida em nenhum texto de Lei, solicitando em seguida um parecer a respeito ao Conselho Federal de Medicina – CFM -, que recebeu o número Nº12/07. Ou seja: condenou o procedimento, para depois procurar argumentos que tentassem justificar tal decisão. Com a disseminação do DVD e a proibição da auto-hemoterapia, o programa FANTÁSTICO da rede Globo apresentou uma reportagem na qual o CFM reagia ao seu uso e, embora sem argumentos corretos, provocou uma série de represálias ao trabalho do Dr. Luiz Moura. Chamaram a auto-hemoterapia de fraude e atacaram o seu divulgador de forma anti-ética, chamando-o de “picareta”. Mas na reportagem em nenhum momento foi apresentado qualquer elemento sério para caracterizar a auto-hemoterapia como “fraude”. No máximo uma mulher, que dizia achar que poderia fazer mal, sem apresentar nenhum dado concreto. Ao contrário, o que se viu mesmo foi gente mostrando que faz a auto-hemoterapia e se dá bem, e o próprio Secretário da Saúde de Olinda, Pernambuco, mostrando que a institucionalização da terapia existia, que fazia uso e estava patrocinando pesquisa a respeito, a despeito de reações de alguns Conselhos de Medicina.

No dia 4 de agosto de 2007, em Cataguases/MG, foi realizado um evento que desencadeou a Campanha Nacional em Defesa da Auto-Hemoterapia. Por iniciativa de adeptos da técnica, o encontro, que reuniu mais de seiscentas pessoas no Cine Teatro Edgar, contou com uma memorável palestra do Dr. Luiz Moura, com duração de três horas. Acompanhado da esposa, Dra. Vera Moura, o palestrante respondeu também a inúmeras perguntas e ouviu depoimentos de usuários da AHT. A platéia tinha pessoas de todas as idades, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde, professores, populares e prefeitos de municípios vizinhos.



CAMPANHA

Naquela ocasião foi lançada a Campanha Nacional em Defesa da Auto-Hemoterapia, com participantes do Rio de Janeiro, Mauá, São Paulo, Santos, Florianópolis, Belo Horizonte e Sete Lagoas, entre outras cidades. Dali saiu um texto-base, uma petição que foi registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas na cidade de Sete Lagoas/MG, em 31 de julho de 2007. Adeptos, usuários, praticantes, defensores, apoiadores e simpatizantes defendem o direito de uso e aplicação da auto-hemoterapia, sua liberação imediata pelas autoridades competentes, a realização de pesquisas complementares e a cessação de toda e qualquer represália aos profissionais de saúde e usuários da técnica.

Naquele mesmo ano, o Conselho Federal de Medicina publicou parecer sobre a prática da auto-hemoterapia, no qual mostra uma série de dúvidas, mas reage cegamente à realidade atual. Segundo o documento, o uso da auto-hemoterapia seria uma “aventura irresponsável”, apesar de citar 91 trabalhos científicos que podem de uma forma ou outra servir de norte para o estudo e as pesquisas sobre assunto. O parecer do CFM foi publicado em 07.12.2007, em resposta a consulta feita pela Anvisa. Segundo a conclusão do Conselho, a auto-hemoterapia “pode ser testada com rigor” e admite que há possibilidade de teste de algumas de suas indicações. Refere-se ainda a indícios de funcionamento da auto-hemoterapia, no que chama de “casos isolados narrados com dramaticidade”. Mais do que um posicionamento técnico no âmbito das suas atribuições, o CFM parece empenhado em ignorar todos os acontecimentos em torno do assunto. O parecer do CFM está publicado no endereço http://www.portalmedico.org.br/pareceres/cfm/2007/12_2007.htm



PESQUISA

A necessidade de avaliar mais precisamente o uso daquela técnica alternativa de tratamento no Brasil levou o site Orientações Médicas a promover a primeira pesquisa virtual de sobre Auto-hemoterapia. A pesquisa, que está na Internet desde o dia 9 de dezembro de 2007, é destinada somente para pessoas que fazem ou já fizeram aplicações de Auto-hemoterapia durante um período mínimo de um mês e já foi respondida por mais de 880 (oitocentos e oitenta) usuários. Todas as questões mais relevantes sobre o assunto estão dispostas no questionário, que começa indagando se a pessoa fez ou faz aplicações de Auto-hemoterapia, que vantagem(s) obteve, desde quando, até quando e se ainda está fazendo, bem como se houve algum efeito colateral (algo que pudesse ter prejudicado o organismo).

Por outro lado, um grupo de defensores da auto-hemoterapia, formado por pessoas que defendem o Direito de continuar o tratamento, entre eles pesquisadores, médicos, enfermeiros e terapeutas que se sentem ceifados em suas pesquisas e atendimentos, com a proibição da auto-hemoterapia, fez um abaixo-assinado e coletou assinaturas para levar ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e ao então Ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Após expor o imenso número de experiências com a auto-hemoterapia, os signatários afirmam a certeza de que a sua proibição é arbitrária e serve a interesses escusos inadmissíveis.

No dia 12 de dezembro de 2007, às 21h, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) realizou uma reunião a portas fechadas para apreciar uma denúncia de que o médico Luiz Moura estava difundindo um DVD sobre auto-hemoterapia. O resultado da reunião foi a cassação do registro do dr. Luiz Moura, à época com 83 anos, que a partir daquela data ficaria proibido de exercer a medicina após 57 anos em atividade. Recorrendo ao Conselho Federal de Medicina, o Dr. Luiz Moura foi absolvido da cassação em 13 de agosto de 2010.



AGRESSÃO

Desde o momento em que a Anvisa emitiu a Nota Técnica, o assunto passou a ser visto paulatinamente entre médicos que defendem um tratamento correto do assunto. Dezenas de reportagens mostravam o assunto, como a que dizia que “Médico paulista também recomenda AHT”, outra na qual “Mastologista sugere estímulo à pesquisa”, e outras: “Proibição à auto-hemoterapia é agressão à arte de curar”, “Médico prevê sucesso da auto-hemorerapia”, “Médico diz que prescrever auto-hemoterapia é ato de humanidade”, “Médico mineiro diz que auto-hemoterapia seria redenção da saúde pública”, “Paraibanos aprovam a auto-hemoterapia”, “Médico levanta dúvidas sobre Parecer do CFM”, “Médica do Piauí pesquisa auto-hemoterapia em animais”, “Transfusões também teriam de ser proibidas, afirma médica”, “Mais um médico mostra bons resultados da auto-hemoterapia”, “Auto-hemoterapia protege a saúde”, “Dr. Alex Botsaris quer equilíbrio na avaliação da auto-hemoterapia” e “Médico do HC-FMUSP defende associação”. Todas estas informações, em reportagens, encontram-se no link http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-2.htm .

Durante os meses que se seguiram, mesmo enfrentando obstáculos, a auto-hemoterapia continuou sendo cada vez mais difundida e utilizada, o DVD do Dr. Luiz Moura ganhou transcrição na Internet, em português e inglês e a técnica ganhou apoios importantes, como do SINDSAÚDE de Minas Gerais e o próprio Presidente do Conselho Nacional de Saúde à época, Francisco Júnior defendeu o debate do assunto no âmbito do Ministério da Saúde. Conforme foi mostrado, o CFM e a ANVISA desprezam até a Declaração de Helsinque, que prevê situações onde os médicos podem fazer o uso da auto-hemoterapia. Foi mostrado ainda que a proibição da auto-hemoterapia pode causar mortes.



USO

Nesse ínterim, surgiu a notícia que o Brasil inteiro assistiu a TV Globo, no Jornal Nacional, mostrando que “Cientistas americanos desenvolveram um tratamento que abriu novas perspectivas no combate ao câncer”, completando que “O método utiliza células do sangue do próprio paciente”. Segundo a notícia, “A nova técnica foi usada em um paciente com quadro grave da doença” e que “O câncer tinha se espalhado da pele para pulmões e virilha”. A técnica foi usada há dois anos e o câncer nunca mais voltou. O mais surpreendente, segundo a informação, é que “o paciente não recebeu qualquer tratamento complementar, como quimioterapia ou radioterapia”, reportagem que pode ser vista em http://video.globo.com/Videos/Player/0,,GIM843954-7759,00.html Isto seria mais uma mostra da eficácia da auto-hemoterapia.

A Revista a Associação Médica Brasileira, em seu volume 54 - Nº 2, de Março e Abril de 2008, publica artigo na seção PONTO DE VISTA com o título “AUTO-HEMOTERAPIA, INTERVENÇÃO DO ESTADO E BIOÉTICA, mostrando que “A auto-hemoterapia é uma prática de uso clínico crescente”. A formulação, no entanto, é estranha, pois o resumo, onde reconhece que o uso da auto-hemoterapia cresce no Brasil, afirma que tal prática teria “potencial risco à saúde dos indivíduos, uma vez que se trata de procedimento terapêutico sem comprovação científica”. Ou seja, para criticar a auto-hemoterapia, alegam que se trata de procedimento sem comprovação e quer que isto seja suficiente até para proibi-la. Mas por outro lado dizem - sem qualquer base científica - que teria “potencial risco à saúde dos indivíduos”. Aqui eles não dizem qual é este potencial nem provam nada sobre os aludidos riscos. Até porque nunca se viu nenhuma comprovação de problema decorrente do uso da auto-hemoterapia.



RECUO

Mas os argumentos insustentáveis contra a técnica vêm desmoronando a cada dia, pois a o CFM viu-se obrigado a publicar um esclarecimento que põe de água abaixo os argumentos do seu Parecer Nº 12/2007. Eis a publicação, feita no Jornal de Medicina nº 168: “Nota de esclarecimento - Em face de falha na redação do artigo “Auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada’ no Jornal Medicina (XXII, 167, DEZ/2007, p.11), esclarecemos que o procedimento terapêutico denominado “tampão sanguíneo peridural” é cientificamente amparado por relevante literatura médica e remetemos o leitor ao texto que trata dessa matéria no Parecer CFM 12/07.”, em www.portalmedico.org.br/JORNAL/Jornais2008/Jan/pag5.html Com este esclarecimento, o CFM anuncia que a auto-hemoterapia é permitida aos médicos anestesistas, uma vez que o “tampão sanguíneo peridural” nada mais é do que uma espécie de auto-hemoterapia utilizada durante cirurgias. Mais grave ainda é que este procedimento foi comentado no Parecer do CFM, porém numa tentativa de desqualificá-lo. A nota de esclarecimento do CFM foi publicada também no site da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

A cada dia que passa fatos novos vêm desmanchando os pretensos argumentos do CFM e entidades e instituições que o seguem, como a Anvisa, contra o uso da auto-hemoterapia no Brasil. Agora fica mais claro o que todos já suspeitavam: se a auto-hemoterapia for feita cheia de aparatos caros e em salas de cirurgia, é permitida, mesmo em casos em que não haja comprovação científica da eficácia de sua aplicação.

São os casos do chamado PRP (Plasma Rico em Plaquetas), do Tampão Sanguíneo Peridural – TSP e da Ozonioterapia.

O programa Esporte Espetacular da Rede Globo mostrou domingo (10.01.2010) a cura de feridas de atletas através da técnica PRP, através da qual o sangue do próprio atleta é retirado e posto numa centrífuga para voltar a ser aplicado no mesmo atleta. Cada aplicação custa R$ 1.000,00, no endereço http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1188225-7824-TECNICA+REVOLUCIONARIA+MELHORA+INDICE+DE+RECUPERACAO+DE+LESOES,00.html É o que está sendo chamado de auto-hemoterapia dos ricos. Em julho de 2009 a Folha de S. Paulo publicara matéria dizendo que “Injeção de plaquetas acelera recuperação de músculos”, na qual especialistas relatam bons efeitos em casos de tendinites e lesões musculares. A reportagem relatava que o plasma rico em plaquetas era empregado havia cerca de dois anos no Brasil e dizia que estudo revelava que técnica diminui necessidade de cirurgias.

Observemos que a matéria informava que os estudos sobre o assunto ainda estavam “em fase inicial”, mas uma pesquisa conduzida pelo ortopedista Rogério Teixeira da Silva, coordenador do Núcleo de Estudos em Esportes e Ortopedia e presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que acompanha 90 pessoas, constatou os benefícios da técnica. A matéria acrescentava que “Dos 46 pacientes que tinham recebido indicação cirúrgica, apenas três de fato precisaram da operação após passar pelo procedimento que utiliza plasma rico em plaquetas”. A técnica consiste em injetar, diretamente na lesão, um concentrado de plaquetas (células que carregam proteínas chamadas fatores de crescimento). Esses fatores são os responsáveis por promover a regeneração do tecido. Em altas concentrações, eles podem ser capazes de acelerar o processo natural. Por outro lado, a matéria ressalta que “A utilização dessas plaquetas não oferece riscos de rejeição ou de reação alérgica, já que são células do próprio paciente”. O procedimento, que custa em torno de R$ 3.000,00 por aplicação, ainda não é coberto pelos planos de saúde. É mostrado ainda na matéria que "Ainda não temos evidências científicas que confirmem a eficácia do tratamento", conforme pondera Romeu Krause, presidente da SBOT. "Não há consenso na literatura e o paciente deve ser informado a respeito disso", lembra.

Mas segundo assegura Ricardo Cury, do Grupo de Cirurgia do Joelho e Trauma Esportivo da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, "Não é um tratamento experimental, ele faz parte do arsenal terapêutico, mas ainda há questões em aberto, como qual o fator de crescimento ideal que deve ser usado ou se há casos de resposta exacerbada".

A Enfermeira Dra. Aparecida de Luca, referindo-se à matéria veiculada na TV Globo, indaga: “isso é ou não é auto hemoterapia (AHT), que foi tão combatido pelo CFM e pelo próprio COFEN?”, observando que “Na referida técnica, os médicos são os únicos a realizá-la, porque utilizam centrífuga e endoscópio pra ver a aplicação direta na articulação, procedimentos, que, sem dúvida, tornam o procedimento mais complexo.”, acrescentando que “Diferentemente da simplicidade da AHT, quando o sangue é retirado da veia e injetado no músculo, e, considerando que a reação ao sangue injetado é sistêmica, não haveria a necessidade dele ser injetado no próprio local da lesão”.

Para a Dra. Aparecida, “A aplicação do sangue total no músculo, e não somente o plasma, também é compreensível, porque se o plasma não causa problemas, porque os outros elementos do mesmo sangue causariam?”. Ao lembrar que cada aplicação custa R$ 1.000,00, ela questiona: “Estaria aí a razão de tentar combater a AHT, que é simples e pode ser feita por outros profissionais que não sejam médicos?” Ela chama atenção também para o fato de no próprio vídeo ser dito que “alguns médicos estão preferindo esperar resultados de pesquisas que comprovem a eficácia do tratamento”, concluindo que “No entanto, aqueles que executam, o fazem sem resultados de pesquisa, e já estão aplicando, inclusive no Ronaldo, o fenômeno”.

A Ozonioterapia é outra forma que os profissionais de saúde praticam sem nenhuma manifestação contrária da Anvisa e do CFM. No endereço da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) http://www.aboz.org.br/Web/secoes_site.asp?id=7 é explicado quais são as “vias de administração Sistêmicas: - Grande Auto-Hemoterapia (Major), - Insuflação Retal, - Pequena Auto-Hemoterapia (Minor) e - Solução salina ozonizada”.

Um outro destaque deste endereço mostra que “... Quando utilizado em baixas concentrações, a resistência do organismo é mobilizada, ou seja, o ozônio ativa o sistema imunológico. Através do ozônio, a células imunológicas do corpo produzem citocinas (incluindo mediadores importantes como interferons e interleucinas); estas informam outras células imunológicas, ativando a cascata imunológica. ...”.

Mostra ainda que “... Graças às suas propriedades seletivas, o ozônio médico é utilizado em diferentes campos, algumas vezes como viga mestra do tratamento, outras com mero coadjuvante: - Tratamento de doenças de ordem circulatórias, inclusive geriatria; - Tratamento de doenças produzidas por vírus, como hepatite e herpes; - Tratamento de feridas e processos inflamatórios: úlceras abertas na pele, inflamações intestinais, queimaduras, feridas infectadas, infecções por fungos e outras; e - Condições inflamatórias e reumáticas.”.

Diante dessas contradições, cabe ao Conselho Federal de Medicina – CFM, a Anvisa, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN (que editou a RESOLUÇÃO COFEN Nº 346/2009) e à Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia – SBHH esclarecer à nação brasileira, o que está acontecendo. Enquanto proíbem atabalhoadamente o uso da auto-hemoterapia clássica, comum, a permitem abertamente quando o seu uso ocorre em ambientes de onde decorrem vultosos pagamentos. Tanto a técnica PRP (Plasma Rico em Plaquetas) como o Tampão Sanguíneo Peridural ou, ainda, a Ozonioterapia, são procedimentos de custos elevados.

Uma coisa, pelo menos, é bem clara: qualquer que seja a forma, fica comprovando a eficácia da auto-hemoterapia.



AUTORITARISMO

Artigo jornalístico mostrava que o estado em que se encontra hoje a questão do uso da auto-hemoterapia no Brasil proporciona uma forte visão do autoritarismo, do abuso do poder e da força arbitrária. Fazia mais de cem anos que a técnica era permitida e usada por médicos para curar ou ajudar na cura de inúmeras doenças, mas de repente foi proibida devido a uma interpretação errônea que vem prejudicando a população brasileira inteira. Durante todo aquele tempo de uso, não existiu nenhum registro de algum mal que pudesse ter dela decorrido. Mas estranhamente, sem que tivesse ocorrido qualquer fato que justificasse, a Anvisa, de forma injusta e confusa, criou um clima de proibição.

A confusão jurídica na ANVISA é grande, pois solicitada a apresentar esclarecimentos sobre a auto-hemoterapia, para saber se havia sido proibida ou não, aquele órgão respondeu com duas informações contraditórias. Primeiro, que o assunto ainda estava sendo analisado; depois, que estava, sim, proibida através da Nota Técnica, que era anterior àquela outra informação. Acontece que Nota Técnica não tem poder de proibir nenhum procedimento. Mas, apesar disso, os médicos temem punições e não aplicam oficialmente a técnica, embora seja grande e crescente o número de profissionais que defendem a auto-hemoterapia e criticam a decisão drástica, inesperada e desumana do CFM.



NOTA

Vejamos o texto da Nota Técnica e em seguida o que temos a considerar sobre o seu teor: NOTA TÉCNICA Nº 1 DE 13 DE ABRIL DE 2007Auto-Hemoterapia Considerando os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de “auto-hemoterapia” esclarecemos o que segue:

1. A prática do procedimento denominado auto-hemoterapia não consta na RDC nº. 153, de 14 de junho de 2004, que determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea.

2. Tal procedimento consiste na retirada de sangue por punção venosa e a sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, na própria pessoa.

3. Não existem evidências científicas, trabalhos indexados, que comprovem a eficácia e segurança deste procedimento.

4. Este procedimento não foi submetido a estudos clínicos de eficácia e segurança, e a sua prática poderá causar reações adversas, imediatas ou tardias, de gravidade imprevisível.

5. A Resolução CFM nº 1.499, 26 de agosto de 1998, proíbe aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica. O reconhecimento científico, quando e se ocorrer, ensejará Resolução do Conselho Federal de Medicina oficializando sua prática pelos médicos no país. Proíbe também qualquer vinculação de médicos a anúncios referentes a tais métodos e práticas.

6. A Sociedade de Hematologia e Hemoterapia não reconhece o procedimento auto-hemoterapia.

7. O procedimento “auto-hemoterapia” pode ser enquadrado no inciso V, Art. 2º do Decreto 77.052/76, e sua prática constitui infração sanitária, estando sujeita às penalidades previstas no item XXIX, do artigo 10, da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977.

8. As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática. Nota publicada no endereço http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/40ad058043a49711b7f4ff248c552341/Microsoft+Word+-+NOTA+T%C3%89CNICA+AUTO-HEMOTERAPIA.pdf?MOD=AJPERES



INCOMUNICAÇÃO

Depreende-se da leitura desta nota que a população brasileira está vivendo uma situação incomum que, em decorrência de um processo de incomunicação está causando prejuízos aos usuários e defensores da Auto-hemoterapia. A Anvisa afirma, entre outras coisas, que “O procedimento ‘auto-hemoterapia’ pode ser enquadrado no inciso V, Art. 2º do Decreto 77.052/76, e sua prática constitui infração sanitária, estando sujeita às penalidades previstas no item XXIX, do artigo 10, da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977”. Em seguida, determina que “As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática”. Quando alguém cita um texto de lei e vincula seu conteúdo ao assunto em discussão, é normal que se ache tratar-se de algo correto, ainda mais quando a citação é feita por órgão público do Governo Federal.

Entretanto, uma busca mais acurada é o suficiente para detectarmos enganos capazes de transformar as afirmações da Nota Técnica no que se refere à legislação em algo sem nenhum significado. Para não deixar de capitular o procedimento, nem que fosse de forma tangencial, a Anvisa citou em sua nota técnica, como vimos, o Decreto 77.052/76 e a Lei 6.437/77.

Pois bem: sabe o que dizem aqueles textos legais? 1. O Decreto Nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, que dispõe sobre a fiscalização sanitária e dá outras providências reza, em seu Art. 2º que “Para cumprimento do disposto neste Decreto as autoridades sanitárias mencionadas no artigo anterior, no desempenho da ação fiscalizadora, observarão os seguintes requisitos e condições: (...) V - Métodos ou processos de tratamento dos pacientes, de acordo com critérios científicos e não vedados por lei, e técnicas de utilização dos equipamentos.”Até aqui, nada proíbe a auto-hemoterapia. Se alegarem que precisa estar de acordo com critérios científicos, ela pode enquadrar-se por analogia no que dizem as resoluções do CFM que permitem práticas alternativas provisoriamente enquanto as pesquisas consolidam os procedimentos. No que se refere a vedação legal, não existe nenhuma lei tratando do assunto. E quanto a equipamentos, a auto-hemoterapia não necessita de nada além de seringas, garrotes, algodão e álcool.

2. A Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, por sua vez, “Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências”. Reza, no seu Art. 10, que “São infrações sanitárias: (...) XXIX - transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde:”, estabelecendo Pena – de “advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição do produto; suspensão de venda e/ou fabricação do produto, cancelamento do registro do produto; interdição parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorização para funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento, proibição de propaganda”.

Como se vê, também na Lei nº 6.437, citada pela ANVISA, nada enquadra a auto-hemoterapia. Vejamos porquê. Os princípios de direito são claros e inarredáveis. Não há crime sem lei que o preveja. Então como um órgão público federal trata de um assunto de forma tão genérica, ao ponto de tentar fazer um vínculo com o “transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde”?. O texto da Lei existe para ser utilizado com as outras normas legais. Para fazer enquadramento, a ANVISA precisaria dizer em quais normas legais estaria passível de punição a auto-hemoterapia. Muito claro, não?

Mas ainda foi incluído mais um item na Nota Técnica, o item 8, que diz:”As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática”. Conforme vimos, para adotar as medidas legais cabíveis será necessário informar em quais leis o assunto estaria enquadrado. E na legislação brasileira o assunto ainda não foi capitulado.

Para não deixarmos sem abordar mais um aspecto da incomunicação da ANVISA em 13 sua Nota Técnica nº 1, de 13 de abril de 2007, lembremos que ela justifica a criação do documento citando “os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de ‘auto-hemoterapia’” . E logo no seu primeiro item adianta: “1. A prática do procedimento denominado auto-hemoterapia não consta na RDC nº. 153, de 14 de junho de 2004, que determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos (...)”. Pois bem: não consta, mas bem que poderia constar. Esta pode ser a hora de fazer uma emenda àquele regulamento, para resolver muitos problemas de saúde pública no nosso país. Diante de tanta confusão, espera-se há mais de quatro anos que as autoridades adotem providências visando corrigir esta situação, que vem causando prejuízos à população usuária e beneficiária da auto-hemoterapia, ou os que necessitam do tratamento e não têm como ter acesso a ele, impedidos pelos atos ilegais da Anvisa, ou os defensores da auto-hemoterapia como essencial à saúde pública no país, defesa feita incluisive por médicos.



SUPERFICIALIDADE

Ademais, é preciso que o Governo Federal, através da ANVISA, agilize o processo de decisão, observando que o Parecer do CFM foi feito de forma superficial e sem conteúdo legal suficiente para determinar a proibição da prática da auto-hemoterapia. Ao contrário, que seja feita consulta pública e estimulada a realização de pesquisas que consolidem todas as práticas vitoriosas da auto-hemoterapia ao longo dos seus 100 anos de benefícios e curas.

O Parecer do CFM mostra uma séria de dúvidas e reage cegamente à realidade. Segundo o documento, o uso da auto-hemoterapia seria uma “aventura irresponsável”, apesar de citar 91 trabalhos científicos que podem de uma forma ou outra servir de norte para o estudo e as pesquisas sobre assunto. O parecer do CFM foi publicado em 07.12.2007, em resposta a consulta feita pela Anvisa. Segundo a conclusão do Conselho, a auto-hemoterapia “pode ser testada com rigor” e admite que há possibilidade de teste de algumas de suas indicações. Refere-se ainda a indícios de funcionamento da auto-hemoterapia, no que chama de “casos isolados narrados com dramaticidade”.

Mais do que um posicionamento técnico no âmbito das suas atribuições, o Conselho Federal de Medicina parece empenhado em ignorar todos os acontecimentos em torno do assunto. Senão, vejamos: A certa altura do parecer, está escrito que “é preceito científico fundamental não se considerar os resultados satisfatórios de um único trabalho científico como evidência suficiente para recomendar o seu uso disseminado.” Se não tem trabalhos em número suficiente, por quê não estimular a execução de novas experiências para comprovar ou não, deixando a porta aberta para a técnica e não sendo taxativo na sua condenação, como fazem? Já que o Conselho diz que “tudo que existem são casos isolados narrados com dramaticidade, que pouco se prestam a provar coisa alguma perante a ciência”, por quê não transformar o que chamam de drama em universo científico?

O próprio parecer já apresenta várias questões que podem ser transformadas em pesquisas científicas. Afirma o parecer: “Muitos questionamentos poderiam ser feitos à luz das afirmações do Dr. Luiz Moura. Como um agente terapêutico que estimula o sistema imunológico pode combater doenças auto-imunes? E no caso da esclerose múltipla, da ictiose, da acne? Quantos mecanismos de ação estão envolvidos? Como é possível, no contexto em que foi apresentado, distinguir entre efeito real e efeito placebo? O aumento do número de macrófagos foi observado pelo Dr. Jésse Teixeira na vesícula produzida pela cantaridina. O mesmo ocorre no sangue periférico? Esse aumento de macrófagos indica realmente aumento da imunidade? Qual? Celular? Humoral? Ambas? Pior ainda, como distinguir efeito placebo de efeito da terapia se os casos relatados para cada enfermidade são exíguos, isolados? Por que a estimulação imunológica que pretensamente cura infecções, não piora as doenças auto-imunes?” Está aí a pauta dada pelo CFM para trabalhos científicos atualizados sobre auto-hemoterapia. Logo no início é explicado que “Para a sua formulação, este parecer acata que a Medicina atual fundamenta seu saber em resultados de hipóteses genuinamente testadas, em resultados que se repetem, em evidência enfática”. Parece meio caminho andado para enxergar que na auto-hemoterapia aparecem evidências enfáticas, diante de milhares de depoimentos que estão sendo dados diariamente por pessoas que fazem o seu uso e tiveram ou estão tendo resultados. Não fosse a sanha de perseguir uma terapia de baixíssimo custo e ao seu divulgador, que desrespeitam e tentam, ao mesmo tempo, tirar a credibilidade da palavra de milhares de cidadãos. Claro que o processo científico procura razão, experiência e tem forte dose de ceticismo, compreendendo um processo contínuo. Mas é preciso observar que de algo serve para caracterizar um processo contínuo, o fato de a técnica estar sendo usada e comprovada há 96 anos. Ressalte-se que para negar burocraticamente a existência de sentido na auto-hemoterapia, o parecer se refere a sua citação nos dicionários Houaiss e Vilar e que o mesmo significado é admitido no Dorland’s Illustrated Medical Dictionary e Aurélio B. H. Ferreira, estando fora do Stedman's Medical Dictionary (2000). Além do mais, discorre sobre Estudos Ligados A Tampão Sangüíneo Peridural, Auto-Hemoterapia Com Sangue Tratado Por Algum Agente Químico Ou Físico, Ozonioterapia Por Auto-Hemotransfusão, Auto-Hemoterapia Para Queimaduras Oculares, Auto-Hemoterapia Propriamente Dita, Análise Do Trabalho “Complicações Pulmonares” De Jésse Teixeira, Trabalho De Revisão Do Professor Ricardo Veronesi. 15

Quando trata da Análise do Trabalho “Complicações Pulmonares” de Jésse Teixeira, o parecer diz que “Assim, embora o artigo viesse a revelar indícios de uma possível ação terapêutica efetiva da auto-hemoterapia, demonstrados em um trabalho de 1939, isso deveria ser motivo para a realização de ensaios clínicos cientificamente orientados que replicassem aqueles resultados e não que fosse tomado como uma demonstração inequívoca de efetividade nos dias atuais.”



TRABALHOS

O próprio parecer citou 91 trabalhos científicos na área da auto-hemoterapia. Nenhum, entretanto, é suficiente para comprovar plenamente os resultados que são alegados para o seu uso. Mas também não seria tão científico concluir que se tratou de 91 aventuras através da história de tantos renomados e competentes pesquisadores. Seria hora, então, de buscar a demonstração inequívoca, para autorizar ou não a adoção da auto-hemoterapia. Ignorar que a auto-hemoterapia é uma questão da ordem do dia que precisa ser resolvida com responsabilidade institucional continua sendo tentativa de tapar o sol com a peneira. O Parecer do Conselho Federal de Medicina sobre auto-hemoterapia, que desprezou muitas informações importantes para concluir que sua prática deveria ser proibida, sem apontar nenhuma solução para o problema das pessoas que estavam se tratando com aquele recurso, logo começou a se desmanchar.

O médico Alex Botsaris, do Rio de Janeiro, assinou artigo veiculado no site Via Estelar, com o título de “Auto-hemoterapia é um tratamento ainda experimental”, no qual diz que “É preciso fazer uma avaliação equilibrada sobre a auto-hemoterapia.” Ao contrário do que está colocado no parecer do CFM, o médico - autor de livros como “Sem Anestesia”, que teve grande repercussão na área de saúde – afirma que “não é verdade que essa terapêutica não tenha nenhum fundamento, nem que não haja nenhum trabalho publicado sobre ela na literatura mundial ou nacional, como afirma a SBHH” (Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia). Ele define a Auto-hemoterapia como “um recurso terapêutico simples que consiste em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo”.

O Dr. Alex Botsaris informa que “Na base de dados Pubmed, do NIH (Instutito Nacional de Saúde americano), considerada a maior base de dados médicos do mundo, existem cerca de 106 estudos científicos publicados sobre auto-hemoterapia, a maioria sendo clínicos.” Segundo ele, “É um numero modesto, mas mostra que alguma pesquisa já foi realizada.” Cita que “Um estudo, inclusive, foi realizado no Brasil. Nele vacas com um tipo de infecção na pele chamada de ectima receberam auto-hemoterapia ou um antisséptico a base de iodo (tratamento convencional) no final de uma semana 26% das vacas que receberam auto-hemoterapia tinham melhorado contra 8% das que receberam tratamento convencional (uma diferença que é significativa do ponto de vista estatístico). Nenhum efeito colateral ou agravamento foi descrito nesse estudo.Em outra parte do artigo o médico considera que “O CFM tem razão em classificá-la como terapêutica ainda não aprovada pela comunidade médica, e que necessita mais estudos para ter sua aplicação validada.”, mas assevera que “Por outro lado o que se espera da academia, da comunidade médica e dos órgãos de regulamentação da medicina, é que todos se esforcem no sentido de descobrir os potenciais desse tratamento.” E diz mais: “Afinal, como afirma o médico Luis Moura ele é simples, barato e tem potencial para tratar muitas doenças cujo tratamento é caro e com drogas que possuem efeitos adversos importantes.”, em http://www2.uol.com.br/vyaestelar/auto_hemoterapia.htm

Alex Botsaris é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializado em doenças infecciosas pelo Hospital Claude Bernard (Paris) e em acupuntura e medicina chinesa pela Sociedade Internacional de Acupuntura (França), e pela Universidade de Pequim (China). É ex-presidente do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM). Autor dos livros: "O Complexo de Atlas", "Sem Anestesia", "As Fórmulas Mágicas das Plantas", "Segredos Orientais da Saúde e do Rejuvenescimento" e "Medicina Complementar".



TRABALHOS

A eficácia da auto-hemoterapia é lastreada em vasta literatura científica universal, de fácil busca na internet. Em http://books.google.com.br/? busca efetuada em seis idiomas sobre a auto-hemoterapia em 23/10/2010, lista 11.100 livros no total. Esta produção científica, que inclui livros produzidos nos últimos anos, respalda a auto-hemoterapia. Nenhum dos livros aponta efeitos indesejados com o uso da técnica. Citemos apenas três, destacando as datas de suas edições.

Em alemão, “Praxis der Eigenbluttherapie‎, Harald Krebs - 2007 - 166 páginas”, em http://books.google.com.br/books?id=v9VCpONbKswC&printsec=frontcover&dq=eigenbluttherapie&cd=1#v=onepage&q=&f=false .

Em francês, “Autohémothérapie locale dans l'angiodermite nécrotique : étude pilote”, de 2005, original no endereço http://www.em-consulte.com/article/155339 .

E, em inglês, “AUTOHEMOTHERAPY REFERENCE MANUAL Definitive Guide and Historical Review From Bloodletting to Stemcells”, de Stuart Hale Shakman, do Institute Science, Santa Mônica, Califórnia, EUA, 1ª edição, 296 páginas, 1998. em http://instituteofscience.com/books.html .



JURISPRUDÊNCIA

É necessário levar em conta que a Justiça Brasileira já se pronunciou em caso idêntico, conforme decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Refere-se ao caso do portador de hepatite C que teve tratamento alternativo garantido por decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (DF), segundo a qual “Sempre que houver risco iminente de morte, o paciente poderá se socorrer de terapêutica alternativa”. O Tribunal manteve a continuidade de tratamento médico-hospitalar não-convencional, aquele sem comprovação de eficácia, a um portador de hepatite C. O recurso é da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, que é contra o tratamento.

O portador de hepatite C crônica, com cirrose hepática e sinais de insuficiência hepática, pediu autorização para realizar transfusões de leucócitos e plasma a fim de infundir células produtoras de anticorpos neutralizadores do vírus da hepatite C. Ao contrário do método tradicional, que não surtia efeito, o alternativo, segundo o paciente, estaria trazendo melhora significativa. Por três vezes o doente teria feito uso dessa terapia, após concessão de liminar, com conseqüente benefício no quadro clínico.

Para o relator, juiz federal convocado pelo TRF-1, Carlos Augusto Pires Brandão, o paciente deve continuar o tratamento pelo método alternativo não-consagrado, embora reconhecido internacionalmente, mas que lhe trouxe bem-estar. “O direito à vida se configura como uma das mais importantes garantias constitucionais”, sustentou o juiz, no REOMS 2002.39.00.003067-7/PA.

Reportagem no endereço http://daleth.cjf.jus.br/vialegal/materia.asp?CodMateria=791 - ressalte-se do próprio Centro de Produção da Justiça Federal - com o título “Tratamento alternativo” e de responsabilidade da jornalista Vera Carpes, informa que a técnica objeto da ação é a auto-hemoterapia. Texto sobre a decisão do TF1 pode ser lido ainda em

http://www.conjur.com.br/2007-mai-04/justica_garante_tratamento_alternativo_paciente



“PRECAUÇÃO”

Precisamos registrar também fato ocorrido recentemente. A Anvisa enviou expediente a sua Excelência o Senador Eduardo Suplicy informando que nada tem a obstar à realização de pesquisas sobre auto-hemoterapia “que cumpram protocolos em concordância com o método científico e com as normativas nacionais vigentes que versam sobre pesquisas envolvendo seres humanos”. A informação foi dada em 31 de janeiro de 2011, na resposta ao pedido de explicações sobre a postura do governo perante o uso da auto-hemoterapia no Brasil.

Mais uma vez usando uma resposta pronta e que desvirtua a realidade, a agência afirma que “A Anvisa mantém a visão anteriormente exposta pela Nota Técnica Nº 001/2007 devido ao que chama de “inexistência de evidências científicas e trabalhos indexados que comprovem a eficácia e segurança desta prática médica”. Ainda na contramão do que seria razoável na busca da verdade e no cumprimento do real papel das autoridades sanitárias, o órgão alega que seu posicionamento dar-se-ia “com base no Princípio da Precaução e cumprindo a missão de proteger a saúde da população brasileira”.

Como se sabe nos meios jurídicos e administrativos, o princípio da precaução não pode nem deve ser empregado de forma autoritária, conforme alerta a Desembargadora Marga Inge Barth Tessler, mas exige participação e diálogo com os interessados, o que não foi realizado em nenhuma circunstância pela ANVISA. Ademais, nada foi mostrado que ateste a alegada falta de comprovação científica da auto-hemoterapia. Apenas, de forma estranha, apareceu a nota proibindo um procedimento médico que era utilizado havia mais de 150 anos no mundo inteiro e que, no Brasil, há mais de sessenta anos teve comprovação científica, em pesquisa pioneira no mundo, realizada pelo Dr. Jésse Teixeira . Sem qualquer queixa concreta de algum mal resultante da sua aplicação.



LEGISLAÇÃO

No âmbito da nossa legislação, basta observar o que diz a Constituição Federal, em seu artigo 196:

“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

O requerente entende que é seu o direito promover o aumento da imunidade proporcionado pela auto-hemoterapia.

Por sua vez, o Art 197 da Carta Magna determina:

“Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.”

Está claro no texto constitucional que as ações de saúde submetem-se aos “termos da lei”, o que foi desprezado pela Anvisa, ao emitir a aludida Nota Técnica, pois o uso da auto-hemoterapia não está proibido em nenhum texto de lei.

Ademais, a Associação Médica Mundial é clara a respeito do assunto, em seu pronunciamento através da Declaração de Helsinque:

“No tratamento de um paciente, quando métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos comprovados não existem ou foram ineficazes, o médico, com o consentimento informado do paciente, deve ser livre para utilizar medidas profiláticas, diagnósticas e terapêuticas não comprovados ou inovadores, se no seu julgamento, esta ofereça esperança de salvar vida, restabelecimento da saúde e alívio do sofrimento. Quando possível, estas medidas devem ser objeto de pesquisa, desenhada para avaliar sua segurança ou eficácia”(Associação Médica Mundial-2000). Em http://www.ufrgs.br/bioetica/helsin1.htm



PEDIDO

Desta forma, o requerente considera que a proibição, por parte da Anvisa, do uso da auto-hemoterapia é ilegal e injusto. O presente pleito baseia-se nos seguintes fatos:

1. É fortemente documentada a eficácia da auto-hemoterapia para aumentar as defesas do organismo, conforme comprovado - e nunca contestado cientificamente - através do trabalho do Dr. Jessé Teixeira.

2. O requerente deseja manter a imunidade do seu organismo elevada, para ter sob controle o enfisema pulmonar que o impedia de práticas corriqueiras, como andar e comer à mesa, situação que pode voltar a afligi-lo se a auto-hemoterapia for suspensa e, ainda, quer prevenir outras doenças e ajudar no tratamento e na cura de qualquer mal do qual seja ou vier a ser acometido.

3. O requerente autorizará a realização do procedimento e assume a responsabilidade por qualquer conseqüência advinda da aplicação da auto-hemoterapia.

4. Faz-se necessário que seja declarada suspensa a aplicação da Nota Técnica Nº 1, de 13 de abril de 2007, da Anvisa.

5. Pela urgência da necessidade de uso da técnica, justifica-se que seja concedida medida liminar para que os profissionais de saúde possam aplicar a auto-hemoterapia e o requerente não fique desassistido.

Requer, finalmente, o direito de receber aplicação de auto-hemoterapia para reforçar a imunidade do seu organismo; que este direito inclua a atuação de qualquer profissional de saúde de livre escolha em qualquer lugar do território nacional brasileiro, para aplicar, e os que forem habilitados poderem sugerir a utilização da referida terapia alternativa com o consentimento informado; e que seja declarada suspensa a aplicação da Nota Técnica Nº 1, de 13 de abril de 2007, da Anvisa.

Propugna pela apresentação de todos os meios de prova disponíveis e admitidos em Direito.

Neste termos,

pede deferimento.

Waldemar Almeida Lyrio".



Foram anexados dados pessoais, entre os quais RG, CPF, Carta do INSS comunicando sua aposentadoria por invalidez; Laudos médicos comprobatórios da doença (listados de 3 A até 3 I ), Cópia do artigo do dr. Luiz Moura com o título “Auto-hemoterapia”, Cópia do original da publicação do dr. Jésse Teixeira, publicada em 1940 no Brasil Cirúrgico com o título “COMPLICAÇÕES PULMONARES POST-OPERATÓRIAS CONTRIBUIÇÃO Á SUA PROPHYLAXIA” e, Cópia do original do artigo do dr. Ricardo Veronesi, com o título “Imunoterapia: o impacto médico do século”, publicado na revista Medicina Hoje, em 1976.



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Leia mais sobre o assunto em www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm



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A Técnica





1. O que é auto-hemoterapia?

É uma técnica simples, em que, mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do organismo.

Os macrófagos é que fazem a limpeza de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado. Ocorre esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema Retículo Endotelial está sendo ativado. E só termina essa ativação máxima ao fim de cinco dias.

A taxa normal de macrófagos é de 5% (cinco por cento) no sangue e, com a auto-hemoterapia, nós elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5 (cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia, começa a declinar, porque o sangue está terminando no músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento). Daí a razão da técnica determinar que a auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias.

Essa é a razão de como funciona a auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo, basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo.


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Para o Dr. Luiz Moura, “O único compromisso do médico é aliviar o sofrimento”


"Aos médicos e futuros médicos

Conferir sempre, nunca aceitar nada como ‘isso é coisa do passado’, isso é ‘atrasado’, ‘está fora de moda’. Se possível, sempre somar o antigo com o novo. E sempre conferindo que não haja prejuízo para quem vai usar o tratamento.

Por exemplo: a ventosa, que ficou em desuso, agora está voltando a se usar no Japão. Foi uma grande técnica usada no século XIX. Curava-se a pneumonia com ventosas. Não se sabia nem o por quê, mas eram aplicadas nos pulmões - e salvavam-se os pacientes. Não havia antibióticos naquele tempo. O pneumococo era o mesmo que existe hoje, e se curava a pneumonia. Só depois Reich, com a bioenergética, explicou o porquê da cura. A ventosa puxava um sangue carregado de energia, subia o potencial de energia acima da dos micróbios.

E a energia que estava sendo usada pelos micróbios, para se reproduzir, era tirada deles. A ventosa com isso curava a pneumonia. Mas, antes de Reich publicar os seus livros, nos anos 40 do século XX, os médicos usavam a ventosa sem saber disso, sem saber o porquê, já que funcionava.

A grande lição é considerar como objetivo primeiro da medicina o alívio e a cura do paciente. E depois a nossa satisfação como cientista. Quer nós queiramos ou não, todo médico deve querer saber o porquê das coisas, para se satisfazer. Isso é satisfação pessoal. Mas o compromisso que ele tem, não é esse. E sim de aliviar o sofrimento, esse é o único compromisso que ele tem".

Dr. Luiz Moura